North American X-15
O North American X-15 foi uma aeronave experimental propulsionada por um motor foguete. Desenvolvido a partir de 1954 pela North American (atualmente Rockwell International), surgiu após intensa competição com projetos alternativos das empresas Bell Aircraft Corporation, Douglas Aircraft Company e Republic Aviation Company. Esse programa de pesquisa foi patrocinado em conjunto pela NACA (atual NASA), instituições privadas da indústria aeronáutica, a Força Aérea e a Marinha dos Estados Unidos.
Considerado um dos mais notáveis e bem-sucedidos aviões experimentais da série X, o X-15 foi projetado especificamente para explorar o regime de voo em velocidades hipersônicas e pesquisar estruturas, sistemas de propulsão e controle necessários para tais condições extremas. Embora inicialmente não fosse esse o objetivo principal, em fases posteriores, o programa também investigou possibilidades de voo fora da atmosfera terrestre, incluindo voos suborbitais.
Os X-15 eram lançados em pleno voo por um bombardeiro B-52 Stratofortress adaptado para essa função. Entre 1959 e 1968, realizaram 199 missões, marcando a história como os primeiros aviões a ultrapassar as velocidades de Mach 4, Mach 5 e Mach 6. O X-15 estabeleceu um recorde absoluto de velocidade de 7 274 km/h (Mach 6,85) e, em treze voos, atingiu altitudes que conferiram o reconhecimento de astronauta aos oito pilotos envolvidos, segundo as normas da USAF.
Dos três X-15 construídos, um foi reconstruído no padrão X-15A-2 após sofrer graves danos em uma aterrissagem de emergência malsucedida e encontra-se preservado em um museu. Outro foi perdido em um acidente fatal, que ocorreu durante o retorno do espaço, resultando na morte do piloto de testes Major Michael J. Adams. O terceiro exemplar sobrevive e está em exibição no Museu do Ar e Espaço (National Air and Space Museum, Washington, D.C.).