Jaguatirica
A jaguatirica (Leopardus pardalis), também conhecida como ocelote, é um mamífero carnívoro da família Felidae e do gênero Leopardus. São reconhecidas 10 subespécies, sendo o gato-maracajá (L. wiedii) a espécie mais próxima da jaguatirica. Ocorre desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, embora tenha sido extinta em algumas áreas de sua distribuição geográfica. Habita diversos tipos de ambientes, até altitudes de aproximadamente 1200 metros.
Características Físicas e Comportamentais
A jaguatirica é um felídeo de porte médio, com comprimento variando entre 72,6 e 100 cm e peso de 7 a 15,5 kg. Sua pelagem possui um padrão de coloração semelhante ao do gato-maracajá, mas a jaguatirica é maior e tem a cauda mais curta. É um animal solitário, noturno e territorial, com os territórios dos machos sobrepondo-se aos de várias fêmeas. Alimenta-se principalmente de roedores, mas também caça presas maiores, como ungulados, répteis, aves e peixes, geralmente utilizando emboscadas noturnas.
Reprodução e Longevidade
O animal alcança a maturidade sexual entre 26 e 28 meses. As fêmeas geralmente dão à luz um único filhote, com cerca de 250 g, a cada dois anos. Em cativeiro, a jaguatirica pode viver até 20 anos, o dobro de sua expectativa de vida na natureza.
Estado de Conservação
A jaguatirica é listada como "pouco preocupante" pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e está incluída no Apêndice 1 da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES). É o felídeo mais abundante na América do Sul, apesar de suas populações estarem em declínio. Sua situação de conservação varia por região: é considerada "vulnerável" na Colômbia e na Argentina. No Brasil, apenas a subespécie L. p. mitis foi incluída em alguma categoria de ameaça no passado, mas atualmente não consta na lista nacional.
Ameaças
A jaguatirica já foi muito caçada devido ao comércio ilegal de peles e como animal de estimação. Atualmente, sua maior ameaça é a destruição e degradação do habitat. Apesar disso, sua beleza e relativa docilidade ainda a tornam um animal desejado como exótico. Por ser de porte menor, a espécie não apresenta riscos significativos para humanos, mas pode causar problemas ao atacar galinheiros.