Pombo-Azul-de-Maurício
O pombo-azul-de-maurício ou pombo-azul-das-maurícias (Alectroenas nitidissima) é uma espécie extinta de pombo que era endêmica da ilha Maurício, no Oceano Índico, localizada a leste de Madagascar. A ave foi descoberta por navegadores holandeses por volta de 1601 e, na época, era abundante e amplamente distribuída pela ilha. A espécie conviveu com os seres humanos por cerca de 200 anos até ser completamente exterminada. As principais causas da extinção foram a perda de habitat devido ao desmatamento, a caça por sua carne, e a predação por animais introduzidos, especialmente macacos. O último indivíduo morreu na década de 1830, e restam apenas três exemplares taxidermizados em museus.
Descrição Física
O pombo-azul-de-maurício media cerca de 30 cm de comprimento e possuía um corpo robusto, coberto por uma plumagem azul. O dorso e as asas eram de um tom azul-metálico, enquanto a cauda apresentava uma coloração castanho-avermelhada. Ao redor do pescoço, o pombo possuía penas longas, brancas e móveis, formando uma espécie de colar. A área ao redor dos olhos era vermelha e brilhante, e seu bico era esverdeado. A face do animal podia ter uma aparência verrucosa, e os indivíduos jovens possuíam algumas penas de cor verde. O macho tinha uma testa vermelha e levantava as penas brancas do pescoço durante o comportamento de exibição para a fêmea. Durante a vida, era conhecido como "pigeon hollandais" (pombo-holandês) devido às cores branca, azul e vermelha de sua plumagem, as mesmas da bandeira dos Países Baixos.
Comportamento e Habitat
Pouco se sabe sobre o comportamento do pombo-azul-de-maurício, mas acredita-se que ele vivia em pares ou pequenos grupos em florestas montanhosas, úmidas e de árvores perenifólias, como seus parentes ainda vivos. A dieta consistia principalmente de frutas, nozes e, provavelmente, pequenos moluscos.
Extinção
O pombo-azul-de-maurício foi extinto devido a uma combinação de fatores humanos e ambientais. A destruição de seu habitat natural por desmatamento, a caça indiscriminada e a predação por animais introduzidos, como macacos, levaram à sua extinção no início do século XIX. O último exemplar conhecido morreu na década de 1830. A espécie é um dos exemplos trágicos de como a ação humana pode impactar a fauna nativa de uma região. Atualmente, restam apenas três exemplares taxidermizados nos museus.