Júpiter: O Maior Planeta do Sistema Solar
Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, tanto em diâmetro quanto em massa, sendo o quinto mais próximo do Sol. Embora tenha menos de um milésimo da massa solar, possui 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas combinados. Classificado como um planeta gasoso, Júpiter pertence ao grupo dos gigantes gasosos, que inclui Saturno, Urano e Netuno. Esses planetas, também chamados de jupiterianos ou jovianos, não são compostos predominantemente de matéria sólida.
Júpiter é composto principalmente por hidrogênio, com cerca de 25% de sua massa formada por hélio, embora este corresponda a apenas 10% do número total de moléculas. Acredita-se que possa possuir um núcleo rochoso de elementos pesados, mas, como outros gigantes gasosos, não possui uma superfície sólida definida. Sua rápida rotação, de aproximadamente dez horas, confere ao planeta uma forma oblata, com uma leve saliência no equador. A atmosfera de Júpiter apresenta faixas visíveis em diversas latitudes, que geram turbulências e tempestades, como a famosa Grande Mancha Vermelha, uma tempestade gigante que existe há pelo menos quatro séculos. Essa mancha possui ventos de até 650 km/h e um diâmetro duas vezes maior que o da Terra.
Observação e Mitologia
Júpiter é facilmente observável a olho nu a partir da Terra, com uma magnitude aparente máxima de -2,94. Geralmente, é o quarto objeto mais brilhante no céu, depois do Sol, da Lua e de Vênus, embora Marte ocasionalmente possa superá-lo em brilho. Astrônomos antigos já conheciam Júpiter e o associavam a crenças mitológicas. Os romanos o nomearam em homenagem ao deus Júpiter, o mais poderoso de sua mitologia.
Sistema de Anéis e Satélites
Júpiter possui um tênue sistema de anéis e uma magnetosfera extremamente poderosa. Ele conta com pelo menos 79 satélites conhecidos, sendo os mais notáveis os quatro descobertos por Galileu Galilei em 1610: Ganimedes, Calisto, Io e Europa. Ganimedes, o maior satélite do Sistema Solar, tem um diâmetro maior que o de Mercúrio. Calisto e Io também são mais massivos que a Lua, e Europa destaca-se por possivelmente abrigar um oceano líquido sob sua crosta de gelo.
Exploração Espacial
Diversas sondas espaciais visitaram Júpiter, todas elas lançadas pelos Estados Unidos. A Pioneer 10 foi a primeira, passando pelo planeta em 1973, seguida pela Pioneer 11 no ano seguinte. Em 1979, as sondas Voyager 1 e Voyager 2 sobrevoaram Júpiter, enquanto a sonda Galileu entrou em sua órbita em 1995, explorando o planeta e seus satélites até 2003. A Galileu também observou o impacto do cometa Shoemaker-Levy 9 em 1994. Missões posteriores, como Ulysses, Cassini-Huygens e New Horizons, utilizaram Júpiter para assistências gravitacionais. A missão mais recente, a sonda Juno, entrou em órbita em 4 de julho de 2016 e continua estudando o planeta. Uma futura missão tem como alvo Europa, devido à possibilidade de existência de um oceano subterrâneo.