Madware - O adware para smartphones e tablets

É consenso entre as empresas de segurança de rede que estamos vendo o retorno da era dos pop-ups de publicidade, mas desta vez na tela dos smartphones e tablets, o chamado madware.

O nome, que combina as palavras "mobile" e "adware", foi cunhado pela empresa de segurança Symantec para descrever um tipo de publicidade intrusiva e agressiva que atualmente afeta smartphones e tablets.

Normalmente, o madware é instalado quando um usuário concorda em permitir anúncios e publicidade em troca de algum aplicativo gratuito. Isso ajuda as redes de publicidade a fornecer anúncios direcionados por meio da localização e das informações do dispositivo.

Alguns madwares podem funcionar como spyware, espionando e armazenando informações para reportar a terceiros, monitorando o comportamento do usuário final, o que pode acarretar lentidão e propensão a falhas. Além disso, fazem alterações indesejáveis, como inundar o dispositivo com anúncios pop-ups e mensagens de texto, criar marcações no calendário, substituir a discagem do telefone por anúncios em áudio, esconder-se deliberadamente de detectores de anúncios e ocupar espaço na tela com ícones indesejados, fazendo com que o usuário clique acidentalmente no anúncio, além de alterar configurações do navegador.

À medida que os usuários se tornam mais experientes sobre adwares comuns, a maneira de obter informações pessoais dos dispositivos móveis está mudando constantemente. Muitas vezes, o madware se camufla e atua como se fosse uma notificação genuína, quase impossível de ser diferenciada. Isso significa que o madware pode também custar dinheiro em forma de dados ou mensagens de cobrança, uma vez que um dos principais modus operandi é bombardear o usuário com mensagens e alertas, esperando que ele responda ou clique no link da mensagem.

Empresas de segurança recomendam que os usuários fiquem atentos e tomem cuidado com aplicativos de origem suspeita, prestando atenção nas permissões solicitadas, como localização e acesso aos contatos do usuário, para evitar a coleta indevida de informações.

Os usuários finais devem também fechar aplicativos quando não estiverem em uso, desativar pop-ups e extensões nas configurações dos navegadores dos dispositivos móveis, além de, obviamente, instalar um bom software antimalware.