Jiló
O jiloeiro (Solanum gilo), que origina o fruto conhecido como jiló, é uma planta pertencente à família Solanaceae e ao gênero Solanum. Esse gênero possui cerca de 3000 espécies e destaca-se pelo grande número de vegetais utilizados na alimentação, como é o caso da batata, tomate, berinjela e do próprio jiló.
Provavelmente, o jiló originou-se na África e, posteriormente, foi levado para outras partes do mundo. Hoje, é amplamente cultivado no Brasil, após a introdução pelos escravos africanos, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste brasileiro. Os estados que mais cultivam a planta são o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.
Características do Jiló
O jiló é uma planta de porte herbáceo, com caule ereto e ramos cilíndricos, alongados e verdes. As folhas são verdes e possuem pecíolo. As flores do jiló podem ser brancas ou roxas, dependendo da variedade, e normalmente são encontradas no número de três em um único entrenó. Vale destacar, no entanto, que apenas uma dessas flores resultará em um fruto. Os frutos são do tipo baga, com casca fina e coloração verde-clara ou escura quando imaturos. Após o amadurecimento, o jiló torna-se vermelho.
Propriedades Nutricionais do Jiló
O fruto destaca-se por seu baixo valor calórico, sendo, portanto, ideal para pessoas que realizam regimes alimentares. Também possui fibras solúveis, quantidade significativa de cálcio, fósforo, ferro e vitaminas do complexo B e C. Vale destacar ainda que o jiló possui flavonoides e alcaloides esteroides, além de uma importante propriedade antioxidante.
O Cultivo do Jiló
O cultivo do jiló deve ser feito preferencialmente em locais de temperatura elevada, uma vez que a planta é pouco tolerante ao frio. A colheita normalmente é realizada após 100 dias da semeadura e deve ser feita antes do amadurecimento do fruto. O fruto perfeito deve estar brilhante, liso e com a mesma tonalidade de verde, uma vez que manchas amarelas indicam o início do amadurecimento.
Usos do Jiló
O jiló é bastante cultivado para a alimentação em razão do seu sabor tipicamente amargo. Além da culinária, o fruto é usado na medicina popular para o preparo de infusões para tratamento de gripe e resfriado. No Brasil, as variedades mais consumidas e produzidas são o redondo e o comprido, entretanto, a preferência pelos frutos varia de acordo com a localidade.