Tunes
Tunes (português europeu) ou Túnis (português brasileiro) (em árabe: تونس; romaniz.: Tūnis; pronunciado: [ˈtuːnis]; em francês: Tunis; pronunciado: [tynis]; em amazigue: Tunes, ⵜⵓⵏⴻⵙ) é a capital da Tunísia e da província (gouvernorat) homónima. Em 2004, o município do centro da cidade tinha 728 453 habitantes, a província cerca de um milhão e estimava-se que a região metropolitana tivesse cerca de dois milhões de habitantes.
Situada num grande golfo do mar Mediterrâneo — o golfo de Tunes —, do qual é separada pelo lago de Tunes e pelo porto de La Goulette (Halq al Wadi), a cidade estende-se pela planície costeira e pelas colinas que a cercam. A almedina é cercada por bairros mais recentes (da era colonial e posterior). Em torno da cidade encontram-se os subúrbios de Cartago, La Marsa e Sidi Bou Said, entre outros.
A almedina, declarada Património Mundial em 1979, é o centro da cidade: uma densa aglomeração de vielas e passagens cobertas, com cores e aromas intensos, comércio ativo e agitado e uma quantidade de bens em oferta que vão do couro ao plástico, do estanho à filigrana, das lembranças para turistas ao trabalho de pequenas lojas de artesanato.
A cidade moderna, ou Ville Nouvelle, começa no Portão do Mar (Bab el Bahr) e é cortada pela grande avenida Bourguiba, onde os edifícios da era colonial contrastam com estruturas menores. Como capital nacional, Tunes é o centro da atividade comercial tunisina, bem como o foco da vida política e administrativa do país.
O gentílico para a cidade é "tunesino" ou "tunetano" em português europeu ou "tunisino" em português brasileiro (sendo mais usual a expressão "tunisiano" para o país). Em francês é tunisois.
História
Acredita-se que os fenícios tenham fundado Tunes no século VI a.C. A cidade atual foi construída enquanto estava sob o controle do governo francês (1881-1956) e, quando o país se tornou independente, Tunes passou a ser sua capital.
Cartago
O estudo histórico de Cartago é problemático. Devido à sua cultura e aos registos que foram destruídos pelos romanos no final da Terceira Guerra cartaginesa, muito poucas fontes históricas primárias cartaginesas sobreviveram. Embora existam algumas antigas traduções de textos cartagineses em grego e latim, bem como inscrições em monumentos e edifícios descobertos no Norte da África, as principais fontes são historiadores gregos e romanos, incluindo Tito Lívio, Políbio, Apiano, Cornélio Nepos, Sílio Itálico, Plutarco, Dião Cássio e Heródoto. Estes escritores pertenciam aos povos de competições, e muitas vezes em conflito, com Cartago. Cidades gregas impugnada com Cartago para a Sicília, e os romanos lutaram três guerras contra Cartago.
Recentes escavações trouxeram muito mais material principal à tona. Alguns destes materiais contradizem com os aspetos da tradicional de Cartago, e muitos ainda são ambíguos.
