Tudo sobre o ouro
O ouro puro (24 quilates), apesar de ser um metal nobre, raro e imune à corrosão e oxidação, é muito macio e flexível. Para uso pessoal, como em um anel ou aliança, por exemplo, não resistiria aos efeitos mecânicos do dia a dia. Uma simples pressão, como um aperto de mão ao cumprimentar uma pessoa, poderia deformar uma aliança de espessura normal. Quando ligado na proporção correta (75% de pureza), o ouro mantém suas propriedades e adquire resistência mecânica, além de receber uma coloração especial, oferecendo brilho ideal no acabamento final de uma peça nova. Além disso, é possível reparar a joia sem danificar o metal, mesmo que sofra um forte risco ou impacto. O ouro puro não permite isso, pois nem o polimento ficaria perfeito, como ocorre com o ouro 18 quilates.
Qualidade do ouro e quilatagem
Para saber qual a porcentagem de ouro contida em uma determinada liga, os americanos convencionaram determiná-la através da quilatagem do metal (karat), simbolizada pela letra K. Dessa forma, o ouro 24K, considerado 100% puro, equivale a 999 pontos de ouro (escala europeia).
O ouro puro tem 24K, e 75% de 24 é igual a 18. Assim, uma joia com 75% de ouro puro é uma joia de 18K (750/1000). Os outros 25% da joia são compostos por outros metais que fazem parte da liga. A cor da joia é definida pela seleção da composição desses 25%.
Extração do ouro
O ouro é encontrado incrustado em rochas no mundo inteiro, mas na maioria dos casos, o volume é tão pequeno que não é visível. Por isso, extraí-lo da rocha não é fácil. Muitas vezes, o ouro está presente em rochas que também contêm cobre e zinco, e nesses casos, é extraído junto com esses elementos.
Teste de pureza do ouro
É impossível detectar a olho nu a pureza de uma peça, o que significa que uma joia de 333 milésimos, por exemplo, pode ser exatamente igual, em aparência, a uma joia de 750 milésimos. Para isso, existe o “ácido de toque”, à base de ácido nítrico, que, quando usado com conhecimento, pode fornecer exatamente o teor do ouro: se é ouro 750 milésimos ou “ouro baixo”, ou seja, inferior a essa porcentagem.
Normas de coloração do ouro
As normas internacionais que utilizam a nomenclatura CIELAB como parâmetro testam as cores selecionadas pelo olho humano e foram criadas para servir como um modelo independente de referência. Com o objetivo de padronizar as cores dos núcleos de ouro, foi criada uma nomenclatura própria de coloração, usualmente intitulada 1N, 2N, 3N, 4N e 5N.