Palinologia
Palinologia é a parte da botânica que estuda os grãos de pólen, esporos e outras estruturas com parede orgânica ácido-resistente, que são coletivamente conhecidos como palinomorfos. Sua maior área de atuação envolve o estudo da constituição, estrutura e dispersão do pólen e esporos, abrangendo tanto os exemplares atuais (recentes) quanto os fossilizados. Além dos grãos de pólen e esporos, os microfósseis orgânicos, também denominados palinomorfos, incluem cistos de dinoflagelados, ovos de copépodes, cutículas vegetais, matéria orgânica amorfa, entre outros.
Estrutura do Grão de Pólen
Os grãos de pólen constituem a parede do micrósporo das plantas, mais o gametófito que nela está contido. Esses grãos são facilmente preserváveis em ambientes com pouca oxigenação devido à sua resistência. A estrutura da exina (parede externa) dos grãos de pólen se mantém durante o processo de fossilização, o que permite que o estudo dos grãos de pólen resolva muitos problemas que o estudo dos fósseis de plantas não consegue. A resistência dessas estruturas é atribuída à deposição de esporopolenina, um polímero orgânico altamente resistente, em sua parede externa.
Contribuições da Palinologia
O estudo dos grãos de pólen tem contribuído para várias áreas do conhecimento, tais como:
- Melissopalinologia ou melitopalinologia: Caracterização da origem botânica e geográfica de produtos das abelhas, como mel, pólen e própolis.
- Aeropalinologia e iatropalinologia: Estudo das alergias (polinoses) causadas pela concentração de pólen na atmosfera.
- Paleoecologia e paleopalinologia: Reconstituição de floras pretéritas.
- Bioestratigrafia: Prospecção petrolífera.
- Arqueopalinologia e copropalinologia: Determinação de rotas migratórias humanas e de outros animais.
- Palinologia forense: Resolução de crimes.