Otto Hahn
Otto Hahn (Frankfurt am Main, 8 de março de 1879 — Göttingen, 28 de julho de 1968) foi um químico alemão, estudioso da radiação. Lise Meitner, sua colega, e Otto Frisch, sobrinho de Lise, publicaram a descoberta do que chamaram de "Fissão Nuclear", mas Otto Hahn foi pressionado pelo regime nazista para excluir Lise Meitner, sua amiga judia de longa data, dos estudos científicos relacionados à radiação. Apenas Hahn recebeu o Prêmio Nobel de 1944 pela descoberta. Em seu discurso, mal mencionou o papel fundamental de Lise e, estranhamente, mesmo depois da Segunda Guerra Mundial, Otto Hahn continuava a afirmar que foi ele, e não Meitner, que descobriu a fissão nuclear, processo radioativo responsável pela fabricação de bombas atômicas e usinas nucleares para a geração de energia termoelétrica.
Estudou química em Marburgo e Munique. Após obter o doutoramento em 1901, trabalhou na Universidade de Marburgo, posteriormente em Londres, Montreal e em Berlim.
Junto com Lise Meitner e Otto von Baeyer desenvolveu a técnica de medir o decaimento beta do espectro dos isótopos radiativos, o que lhe assegurou o posto de professor no recém-fundado Kaiser-Wilhelm-Institut de Química de Berlim, em 1913.
Em 1918, juntamente com Meitner, descobriu o elemento químico protactínio. Quando Meitner fugiu da Alemanha Nazista em 1938, Hahn continuou seu trabalho com Fritz Straßmann na elucidação dos produtos resultantes do bombardeamento do urânio com nêutrons térmicos. Comunicou os resultados obtidos a Meitner que, com a colaboração do seu sobrinho Otto Frisch, interpretou corretamente as evidências para o desenvolvimento da fissão nuclear.
Uma vez que a ideia da fissão foi aceita, Hahn continuou suas experiências demonstrando a enorme quantidade de energia que a fissão nuclear com nêutrons produz, útil para a fabricação de armas nucleares.
