Equinodermos - Características, classes e subclasses
Os animais do filo Echinodermata, conhecidos como equinodermos ou equinodermas, incluem espécies como estrelas-do-mar, bolachas-da-praia, estrelas-serpentes, pepinos-do-mar, lírios-do-mar e ouriços-do-mar. São exclusivamente marinhos, invertebrados e de vida livre. Em alguns, como a estrela-do-mar, os espinhos são pouco desenvolvidos; em outros, como o ouriço-do-mar, são fortes e bem desenvolvidos.
Características dos Equinodermos
Equinodermos são animais triblásticos (com três tipos de tecidos), celomados (com cavidade embrionária) e apresentam várias características compartilhadas com os cordados. Possuem simetria primária bilateral na fase larval e simetria secundária radial no adulto, organizada em cinco raios, conferindo simetria pentarradial.
Características Comuns aos Equinodermos e Protocordados
Os equinodermos compartilham características evolutivas com os protocordados, como:
- O celoma, que se forma a partir do intestino primitivo do embrião (enteroceloma).
- O blastóporo, que origina o ânus, enquanto a boca surge em outra região, caracterizando-os como deuterostômios.
- O endoesqueleto, produzido pela derme e coberto pela epiderme.
Reprodução dos Equinodermos
Os sexos são geralmente separados, com gônadas que se abrem ao exterior. A fecundação é externa e o desenvolvimento é indireto, com formação de larvas planctônicas ciliadas, de simetria bilateral, que sofrem metamorfose para se tornarem adultos.
Capacidade de Regeneração
Equinodermos têm alta capacidade de regeneração. Estrelas-do-mar, por exemplo, podem regenerar braços danificados. Algumas espécies até se reproduzem assexuadamente, gerando novos indivíduos a partir de uma divisão corporal.
Morfologia e Fisiologia dos Equinodermos
Equinodermos possuem simetria pentâmera, o que significa que o corpo é dividido em cinco planos em torno de uma área central onde se situa a boca. Os órgãos sensoriais, distribuídos pela periferia do corpo, permitem que eles recebam informações de todas as direções, uma adaptação à vida séssil ou de baixa mobilidade.
Parte da comunidade bentônica, alguns equinodermos são sésseis, enquanto outros, como as estrelas-do-mar, são móveis. Os ouriços-do-mar possuem espinhos móveis, usados para locomoção, e estruturas chamadas pedicelárias para remover detritos.
Nestes animais, distingue-se uma região oral, onde está a boca, e uma região aboral, onde está o ânus. Nos ouriços, a posição relativa de boca e ânus varia conforme a espécie.
Locomoção
O sistema ambulacrário é exclusivo dos equinodermos, utilizado para locomoção e consistindo em canais que circulam água do mar. A água entra pela placa madrepórica, passa para o canal pétreo e segue pelos canais radiais até os pés ambulacrários, que se fixam ao substrato como ventosas para movimentação.
Classificação dos Equinodermos
Equinodermos são divididos em cinco classes, baseadas na estrutura externa:
- Asteroidea (asteroides) – Inclui as estrelas-do-mar, com uma região central de onde partem cinco ou mais braços, utilizados para locomoção e captura de presas.
- Echinoidea (equinoides) – Inclui ouriços e bolachas-da-praia, com estrutura rígida e a lanterna de Aristóteles para alimentação.
- Ophiuroidea (ofiuroides) – Inclui estrelas-serpentes, com discos centrais e braços longos e flexíveis.
- Crinoidea (crinoides) – Inclui lírios-do-mar, que vivem fixos a rochas ou outros suportes.
- Holothuroidea (holoturoides) – Inclui os pepinos-do-mar, que possuem corpo mole e uma árvore respiratória para trocas gasosas.
Risco de Extinção
O filo dos equinodermos surgiu há cerca de 600 milhões de anos e diversas espécies encontram-se em risco de extinção devido à destruição de habitats, crescimento urbano e atividades turísticas não regulamentadas.