Gimnospermas
Na evolução das plantas, as gimnospermas foram as primeiras a apresentar adaptações que permitiram sua independência da água para a reprodução sexuada. Nesse grupo surgiram os grãos de pólen, estruturas que contêm o gametófito masculino imaturo protegido por um envoltório resistente.
De modo geral, as plantas são agrupadas em dois grandes grupos: criptógamas e fanerógamas. As gimnospermas pertencem ao grupo das fanerógamas, pois são plantas de maior porte, apresentando raiz, caule, folhas, flores e sementes. Na escala evolutiva do reino Plantae, são os primeiros vegetais a apresentar flores e sementes, denominados fanerógamas. As flores das gimnospermas são as pinhas ou cones, que se reúnem em inflorescências denominadas estróbilos.
A madeira das árvores gimnospermas é de grande importância nas indústrias de papel, móveis e construção civil. Algumas espécies são usadas como ornamento, como os ciprestes, as tuias e as próprias pinhas. O pinhão serve de alimento, pois possui uma grande reserva de substâncias nutritivas, o endosperma.
O que são plantas gimnospermas?
As gimnospermas são plantas com sementes, porém, suas sementes são chamadas “nuas”, pois não estão abrigadas no interior de frutos. O termo "gimnosperma" deriva do grego gymnós (nu) e sperma (semente). Exemplo: pinheiro-do-pará.
Características
As gimnospermas possuem caule, raízes e folhas, além dos estróbilos, que são ramos reprodutivos com folhas modificadas. Esses estróbilos podem ser observados em pinheiros, onde são bem desenvolvidos e chamados de cones. Essas plantas não possuem frutos, portanto, suas sementes ficam “nuas”, ou seja, desprotegidas. Como plantas vasculares, possuem grande porte.
Classificação das Gimnospermas
O grupo das gimnospermas é dividido em quatro filos: Coniferophytas, ou coníferas; Cycadophytas, conhecidas como cicas; Gnetophytas, chamadas gnetófitas; e Ginkgophytas, ou gincófitas.
- Coniferophytas: inclui pinheiros e sequoias. É o filo de gimnospermas com maior número de espécies. No Brasil, a espécie mais conhecida é o pinheiro-do-pará ou araucária (Araucaria angustifolia), planta dominante na Mata de Araucária, que ocorre desde o Paraná até o Rio Grande do Sul.
- Cycadophytas: são as cicas, o segundo maior grupo atual de gimnospermas. Têm estruturas reprodutivas evidentes no ápice da planta e medem cerca de 2 m de altura.
- Gnetophytas: inclui a Ephedra, encontrada em regiões áridas ao redor do mundo e usada na medicina como descongestionante.
- Ginkgophytas: representadas por uma única espécie, a Ginkgo biloba, que pode atingir até 30 m de altura, com folhas em forma de leque de aproximadamente 4 cm de largura.
Estrutura
As gimnospermas são plantas vasculares, dotadas de raiz, caule, folhas, flores e sementes.
Reprodução das Gimnospermas
As gimnospermas possuem estróbilos masculinos (microsporângios) e estróbilos femininos, que podem ou não estar presentes na mesma planta. As sementes são produzidas nos estróbilos femininos.
Os estróbilos masculinos produzem micrósporos através da meiose, que por divisão mitótica originam o pólen, o gametófito masculino protegido por um envoltório. Esses gametófitos podem ser transportados pelo vento, e ao entrar em contato com o gametófito feminino, germinam.
Os estróbilos femininos passam por um processo similar, produzindo os megasporângios, que geram os megásporos formadores do gametófito feminino, o óvulo que contém a oosfera.
Polinização e Fecundação
A fecundação ocorre por polinização, principalmente devido ao vento que transporta o grão de pólen até o óvulo. O pólen possui um tubo polínico que conduz os gametas masculinos até a oosfera, fecundando-a e formando o zigoto, que se divide por mitose para gerar um embrião. Esse embrião se desenvolve e gera um novo esporófito com radícula, caulículo e gêmulas.
Outra adaptação importante das gimnospermas para o ambiente terrestre é o óvulo. Após ser fecundado, o óvulo dá origem a uma semente. A semente nua, típica das gimnospermas, contém o embrião, que é liberado da planta e participa da dispersão da espécie. Durante a germinação, o embrião inicia o desenvolvimento de uma nova planta.
Exemplo de Reprodução: Pinheiro-do-paraná
Para simplificar, tomemos como exemplo o pinheiro-do-paraná, planta em que os sexos são separados, ou seja, o pinheiro que possui estróbilos masculinos não possui os femininos, e vice-versa.
Os grãos de pólen são produzidos pelo estróbilo masculino, e o estróbilo feminino produz o óvulo, onde, ao amadurecer, surge um grande esporo. Os estróbilos masculinos liberam grãos de pólen em grande quantidade, que se dispersam pelo vento e podem atingir o estróbilo feminino. Ao entrar em contato com o óvulo, o grão de pólen forma o tubo polínico, que conduz o núcleo espermático ao óvulo para fecundar a oosfera. A fecundação origina o zigoto, que se desenvolve em embrião, transformando o óvulo em uma semente que o protege.
As sementes, chamadas pinhões, e os cones femininos, chamados pinhas, caem ao chão e podem germinar, dando origem a novas plantas.
Habitat
Pertencentes ao reino Plantae, as gimnospermas preferem climas frios ou temperados e são bem adaptadas ao ambiente terrestre.