Estilo Severo
O Estilo Severo é o estilo que floresceu na escultura da Grécia Antiga entre o período Arcaico e o período Clássico, também sendo denominado como o período particular da história da arte escultórica. Este estilo também é frequentemente referido como Pré-Classicismo, Estilo Austero, ou Classicismo Primitivo. Porém, mais do que uma simples transição, o Estilo Severo expressa valores estéticos e sociais específicos, justificando sua delimitação como um estilo independente. Ele introduziu uma flexibilização naturalista substancial nos rígidos cânones de tendência abstrata da fase anterior e se distingue do vocabulário formal das fases Clássica e Helenista subsequentes, sem que isso signifique ter menor mérito artístico.
Entre sua produção, encontram-se muitas obras-primas por direito próprio, como o Auriga de Delfos, o Deus do Cabo Artemísio e, sobretudo, o grupo decorativo do Templo de Zeus em Olímpia, considerado o mais importante e típico exemplar do Estilo Severo.
O estilo Severo foi cultivado em toda a área de influência grega. O termo foi cunhado por Gustav Kramer em seu livro Über den Styl und die Herkunft der bemahlten griechischen Thongefässe (1837), referindo-se à primeira geração de pintores de vasos "figura vermelha". Porém, a partir do estudo Der strenge Stil (1937) de Vagn Poulsen, o termo tornou-se um domínio preferencial da escultura.
Não existe consenso entre os historiadores sobre as datas de início e fim deste período. Usualmente, considera-se que o Estilo Severo pertence à geração ativa entre c. 480 a.C. e c. 450 a.C., mas outros historiadores, baseados em boas evidências, preferem recuar o início do intervalo para c. 500 a.C. e estender seu final até c. 440 a.C. ou além, permitindo a inclusão de exemplos precursores e mais tardios. Essa polêmica está relacionada às dificuldades de datação exata de muitas peças, ao caráter dinâmico da arqueologia e à fluidez na definição das características e limites de um estilo artístico, o que gera uma variedade de interpretações.