Testemunho (cristianismo)
Testemunho cristão é o relato histórico da vida na igreja primitiva, que equivalia a martírio pela fé. Com exceção de João, que foi exilado em Patmos e lá escreveu Apocalipse, todos os apóstolos foram martirizados em morte violenta pelo nome de Cristo Jesus.
O testemunho apostólico consistiu em relatar o que ocularmente presenciaram, o que padeceram por não negarem a fé no nome do seu Mestre Jesus; pregar e dar continuidade por intermédio do Evangelho, relatando acontecimentos na vida terrena de Jesus; cumprir o ide recomendado por Jesus a toda criatura.
Hoje, em alguns lugares do mundo, o cristianismo ainda enfrenta martírio por não negar a fé, ou por tentar professar sua fé. Nos países onde há liberdade de culto, o martírio cristão equivale ao mandamento de "negar a si mesmo" e "tomar sua cruz", significando o auto martírio da vontade pessoal, para imperar a vontade da Palavra. Morre o velho homem, para um "nascer de novo".
O testemunho cristão, apresentado também em relatos de vivência trilhado por determinado preletor, consiste em apresentar sua vida antes da conversão e os novos rumos que tomaram seu caminhar, um relato de cura, uma experiência que leva a um enriquecimento espiritual, o que levou à conversão para o novo caminho.
Na pregação do cristianismo primitivo, no testemunho cristão, surgiu o Novo Testamento, onde alguns dos patriarcas da Igreja cristã apresentam os primeiros setenta anos de vida do cristianismo.
Etimologia
Na Antigüidade pré-clássica e mesmo em Roma, os juramentos solenes eram feitos à mão direita aos testículos. Havia uma relação entre os vocábulos testículo e testemunha. Os testículos eram tomados como testemunhas do ato sexual e da virilidade. A palavra latina para testemunha era testis. Testemunha seria a terceira pessoa que poderia descrever os fatos, de forma imparcial, que testemunharia de acordo. Skiner confirma esta hipótese quando ensina que um romano sem testículo não seria aceito como testemunha. Estas explicações se fundamentam na informação de que “testis” deriva de “tristis”, que é formado por “três” (três) mais “stare” (ficar de pé).
A palavra «testemunha» provém do latim testis (no português antigo, «teste» que teria nos chegado do latim através do inglês, para o que “atesta algo”), que por sua vez procede da raiz indo-europeia tris-, a que pertence também, por exemplo, a palavra inglesa "tree". Da mesma palavra latina testis provém o vocábulo «testículo», “glândula reprodutora masculina” — o órgão que atesta a virilidade de um homem. Segundo o professor Joffre Rezende, “a associação semântica da glândula sexual masculina com o ato de testemunhar tem sido admitida por todos os filólogos e pesquisadores”.
