Suicídio de Cleópatra e Marco Antônio
Com as forças de Otaviano em Alexandria, Cleópatra retirou-se para sua tumba com seus assistentes mais próximos e mandou uma mensagem a Antônio de que se suicidara. Antônio ordenou que seu escravo Eros o matasse, mas em vez disso, Eros virou a espada contra si mesmo e cometeu suicídio. Desesperado, Antônio se apunhalou no estômago com uma espada, morrendo aos 53 anos de idade. Na narração de Plutarco, Antônio ainda estava vivo quando foi levado para a tumba de Cleópatra, dizendo a ela, em suas últimas palavras, que morreria honrosamente e que poderia confiar em um certo homem chamado Caio Proculeio, ligado ao grupo de Otaviano, para tratá-la bem.
O mesmo Proculeio usou uma escada para abrir uma janela da tumba de Cleópatra e detê-la lá de dentro antes que pudesse ter a chance de cometer suicídio ou se queimar até morrer junto com seu vasto tesouro. Cleópatra foi autorizada a embalsamar o corpo de Antônio antes de ser levada à força para o palácio, onde finalmente se encontrou com Otaviano, que também havia detido três de seus filhos: Alexandre Hélio, Cleópatra Selene II e Ptolemeu Filadelfo.
Encontro com Otaviano
Conforme relatado por Lívio, em seu encontro com Otaviano, Cleópatra lhe disse francamente que "não serei levada como uma conquista", mas Otaviano só deu a resposta enigmática de que sua vida seria poupada. Não lhe ofereceu detalhes específicos sobre seus planos para o Egito ou sua família real. Quando um espião informou a Cleópatra que Otaviano pretendia levá-la a Roma para ser apresentada como prisioneira em seu triunfo romano, decidiu evitar essa humilhação e tirou a própria vida aos 39 anos, em 30 de agosto. Plutarco elabora como Cleópatra se aproximou de seu suicídio em um processo quase ritual que envolveu banhos e depois uma boa refeição que incluía figos trazidos em uma cesta.
Suicídio de Cleópatra
Plutarco escreveu que Otaviano ordenou que seu liberto Epafrodito a protegesse e a impedisse de cometer suicídio. No entanto, Cleópatra foi capaz de enganá-lo e se matou. Quando Otaviano recebeu uma nota de Cleópatra solicitando que fosse enterrada ao lado de Antônio, mandou que seus mensageiros corressem em direção a ela. Os criados arrombaram a porta, mas chegaram tarde demais. Plutarco afirmou que foi encontrada com suas servas Iras, morrendo a seus pés, e Carmião, ajustando a diadema de Cleópatra antes que caísse.
Não é claro a partir de fontes primárias se seus suicídios ocorreram dentro do palácio ou dentro da tumba de Cleópatra. Dião Cássio afirma que Otaviano chamou encantadores de serpentes treinados da tribo dos psilos, da Antiga Líbia, para tentar uma extração de veneno oral e ressuscitar Cleópatra, mas seus esforços falharam. Embora Otaviano tenha ficado indignado com esses eventos e "foi roubado do esplendor de sua vitória", conforme Dião Cássio, permitiu o enterro de Cleópatra ao lado de Antônio em sua tumba, conforme desejado por ela, e também permitiu que Iras e Carmião recebessem enterros apropriados.