Reprodução Assexuada da Estrela-do-Mar: Como Funciona?
Existe uma lenda bastante difundida que diz que estrelas-do-mar podem fazer cópias de si mesmas ao perderem partes de seus braços. Mas será isso verdade? Como ocorre, de fato, a reprodução assexuada nas estrelas-do-mar? Antes de explorarmos isso, precisamos entender o processo de autotomia.
Autotomia em Estrelas-do-Mar
Estrelas-do-mar possuem a capacidade de regenerar seus braços quando os perdem. Em casos de acidentes ou ataques de predadores, elas podem desprender um braço para distraí-los enquanto fogem. Esse braço perdido começa a se regenerar, embora o processo possa levar meses e exigir muita energia.
Esse fenômeno, conhecido como autotomia, também ocorre em outros animais, como as lagartixas, que perdem a cauda para se protegerem. Em algumas espécies de estrelas-do-mar, como a estrela-do-sol (Heliaster helianthus), a autotomia é uma característica comum e ajuda a compreender como funciona a reprodução assexuada nesses animais.
Reprodução Assexuada nas Estrelas-do-Mar
Algumas espécies de estrelas-do-mar têm a capacidade de regenerar o corpo inteiro a partir de um braço que foi separado, desde que uma parte do disco central permaneça intacta. Nesse caso, o processo envolve fissão ou fragmentação do corpo, em vez de autotomia.
O corpo das estrelas-do-mar é dividido em cinco partes iguais, com cinco braços e um disco central pentâmero. Sob as condições adequadas, o disco central pode se dividir em duas ou mais partes, cada uma com braços correspondentes. Cada fragmento então regenera as áreas faltantes, formando uma nova estrela-do-mar completa.
Os novos indivíduos formados são geneticamente idênticos ao progenitor, caracterizando um tipo de reprodução assexuada. Embora não seja uma prática em todas as espécies de estrelas-do-mar, muitas, como a Aquilonastra corallicola, possuem essa incrível habilidade.