QR Code a serviço da museologia: uma relação possível
A tecnologia, ao longo do tempo, vem desempenhando um papel crucial no processo de registro informacional e de experiência em múltiplos campos da vida do ser humano. Tal avanço tem impactado áreas como educação, esporte, economia, entre outras. A cultura não ficou isenta desse fenômeno e, considerando o museu como um espaço fundamental da memória e da práxis cultural de uma localidade, a tecnologia se torna uma forte aliada nas ações de registro de acervo e sua dinamização junto ao visitante.
Partindo dessa premissa, o Quick Response Code, conhecido como QR Code, vem ganhando espaço no campo museográfico devido à concentração de informações e rápidas leituras que esse mecanismo oferece. No campo das artes, existe uma aproximação com a tecnologia visando ampliar sua propagação, bem como garantir um meio de acessibilidade a públicos distintos.
Diante dessas questões, a área museológica busca adotar ferramentas tecnológicas para desenvolver a difusão das informações de seu acervo e gerar possibilidades de ações inclusivas. O QR Code pode ser utilizado como elemento catalográfico pela equipe técnica, auxiliando no processo de busca e análise digital das obras existentes em um determinado acervo. Além disso, ele possibilita o uso como elemento mediacional, permitindo que o indivíduo interaja com determinada obra a partir da leitura do código, oferecendo uma nova experiência museológica ao visitante.
Além disso, há a condição de ampliar as ações publicitárias de um espaço cultural e/ou museológico a partir dessa ferramenta, onde os QR Codes podem direcionar o frequentador e/ou possível visitante ao site ou a outros campos interativos que o espaço venha oferecer ao público. Devido à sua pluralidade de condensação de informação, é possível estruturar o uso do QR Code como ferramenta de inclusão em espaços museológicos, como o uso por pessoas surdas que podem consultar a obra manuseando o smartphone. Existem várias possibilidades de uso e aplicação do QR Code na rotina de espaços museológicos e/ou culturais.
Embora haja uma expansão do uso dessa ferramenta tecnológica em várias instâncias da vida e das instituições, os espaços de cultura ou aqueles dedicados à práxis museológica ainda caminham de maneira tímida na adoção dessa metodologia.
Embora algumas instituições ainda estejam se adaptando a essa nova ferramenta de interação, é fundamental que estejam atentas aos avanços interativos que esse mecanismo oferece. As relações sociais, a cada dia que passa, se tornam cada vez mais virtualizadas, e um dos grandes desafios da museologia é trazer esses visitantes virtuais ao campo real. O QR Code pode ser uma via de acesso para a superação desse paradigma contemporâneo.