Por que a semana tem 7 dias? Veja teorias
Você já se perguntou por que uma semana tem sete dias? Desde que nos entendemos por gente, o mundo possui diferentes sistemas de medida para tornar a nossa vida mais organizada e funcional. Temos medidas de distância, tamanho, peso, tempo etc.
Algumas dessas medidas de tempo, como os meses, por exemplo, não possuem um tamanho padronizado. Enquanto a maioria deles tem de 30 a 31 dias, o mês de fevereiro é sempre menor, com 28 dias e, a cada quatro anos, um dia a mais.
Apesar dos meses e anos não terem um número fixo de dias, a semana é rígida, sempre contendo sete dias.
Por que a semana tem sete dias?
A civilização babilônica acreditava que cada dia era regido por um astro. Uma das teorias que leva ao número sete vem das fases da lua, que tem um total de quatro. Para que esse ciclo chegue ao fim, são necessários cerca de 30 dias, o que faz com que cada fase da lua tenha uma duração de sete dias. Na maioria dos calendários, é possível ver as datas do início e do fim das fases do satélite natural do nosso planeta.
Outra explicação seria a influência da tradição cristã, que em seu livro sagrado afirma que Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo, descansou.
Embora as explicações acima pareçam se encaixar perfeitamente com uma resposta definitiva, o número de dias que formam uma semana não é algo que foi decidido há alguns séculos, mas uma ideia milenar. Muitas das civilizações que existiram no mundo chegaram a esse número de maneira independente, sem um “acordo” para que todos utilizassem essa contagem.
Planetas vistos a olho nu
Um fator importante para o uso do número sete teve seu provável início na antiga Babilônia (atualmente a região é chamada de Iraque), onde os astrônomos observavam a olho nu sete astros que se movimentavam pelos céus. Eram eles: Sol (estrela); Lua (satélite natural); e os planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.
A antiga civilização babilônica acreditava que cada um desses astros regia um dos dias, logo, sete astros, sete dias diferentes. Os dias foram batizados de acordo com os corpos celestes que os regiam, e até hoje a influência pode ser vista em alguns países, como os de língua espanhola. Por exemplo:
- Lunes (Lua) – Segunda-Feira
- Martes (Marte) – Terça-Feira
- Miércoles (Mercúrio) – Quarta-Feira
- Jueves (Júpiter) – Quinta-Feira
- Viernes (Vênus) – Sexta-Feira
- Sábado – Saturno
- Domingo – Sol
No caso citado acima, as nomenclaturas desses dias sofreram alterações. Semelhanças também são encontradas na língua francesa, em que a terça-feira, dia que supostamente é regido por Marte, se chama Mardi.
Outros formatos
Apesar de muitos povos antigos terem adotado o sistema de semanas com sete dias, outros encontraram métricas e padrões diferentes, resultando em semanas com quantidade de dias variados. Durante o período pós-revolução francesa, a França adotou o chamado Calendário Revolucionário Francês, no qual cada mês possuía três semanas de dez dias. Esse calendário foi utilizado de 1762 a 1805.
Em uma pequena ilha da Indonésia, chamada Java, a cultura de seus habitantes afirma que as semanas possuem cinco dias.
Em 1923, a União Soviética deixou de lado o calendário gregoriano, que usamos até hoje, e implementou o seu próprio, chamado Calendário Soviético Eterno. Suas semanas, a princípio, tinham cinco dias e, após alguns anos, foram alteradas para seis.
Não demorou muito até esse modelo cair em desuso, e em 1940, a União Soviética voltou a utilizar o calendário promulgado pelo antigo Papa Gregório XIII.