Poríferos - Digestão, respiração, circulação, excreção e reprodução
Também conhecidos como espongiários ou esponjas, os poríferos surgiram há aproximadamente 1 bilhão de anos, com provável origem em seres unicelulares e heterótrofos. Possuem o corpo repleto de poros – daí seu nome – e um aspecto esponjoso, macio e flexível. Comumente, são usados como esponjas de banho. São predominantemente marinhos, mas existe uma família de água doce: a Spongillidae. Vivem fixos, isolados ou em colônias, são filtradores com esqueleto silicoso ou calcário, mas não possuem sistema muscular ou nervoso, nem diferenciação de órgãos.
Digestão
Como não possuem sistema digestório, a digestão dos poríferos acontece de forma intracelular. Alimentam-se de partículas suspensas na água, que entram pelos poros e chegam ao átrio, a cavidade interna da esponja, e saem pelo ósculo, uma abertura maior. Dentro do átrio, as partículas ficam retidas nos coanócitos, células flageladas que movimentam e circulam a água. Os coanócitos fagocitam e digerem parcialmente as partículas, enviando-as para os amebócitos, que compõem a mesogleia – material gelatinoso que preenche o corpo das esponjas. Os amebócitos finalizam a digestão e distribuem os nutrientes pelo corpo.
Respiração
Os poríferos não possuem sistema respiratório; suas trocas gasosas ocorrem por meio de difusão.
Excreção
A excreção nos poríferos também se dá por meio de difusão, assim como a respiração.
Circulação
Basicamente, a circulação dos poríferos envolve água, alimento e espermatozoides. O percurso inicia-se nos poros, por onde entram, e termina no ósculo, por onde saem, graças ao movimento dos flagelos dos coanócitos.
Reprodução
A reprodução desses animais pode ocorrer de duas formas: assexuada e sexuada. Na reprodução assexuada, podem ocorrer três processos:
- Brotamento: ocorre o surgimento de um broto no corpo da esponja, que pode se soltar e dar origem a um novo indivíduo.
- Fragmentação: a reprodução acontece quando pequenos fragmentos se desprendem e dão origem a novos indivíduos, devido à capacidade de regeneração das esponjas.
- Gemulação: ocorre nas esponjas de água doce. No interior do corpo formam-se as gêmulas, estruturas de resistência compostas por células indiferenciadas e protegidas por um envoltório rígido.
A maioria das esponjas é hermafrodita, e a reprodução sexuada ocorre por meio de gametas formados em células chamadas gonócitos. Os gametas saem da esponja pelo ósculo e entram em outra esponja pela corrente de água que passa pelos poros. Dessa forma, os gametas são captados pelos coanócitos, que os transferem até os óvulos na mesogleia, onde ocorre a fecundação. Após a fecundação, forma-se um ovo, do qual surge uma larva ciliada de vida livre, que nada até fixar-se em um novo local.