Pimenta-do-Reino: Digestiva e Antimicrobiana
A pimenta-do-reino (Piper nigrum) é muito difundida na cozinha mundial, inclusive no Brasil. O cultivo dessa especiaria foi introduzido no país por meio da colônia japonesa. A mesma planta dá origem a três temperos diferentes: a pimenta-do-reino preta, a branca e a verde, geralmente vendida em conserva. Em formato de pequenos grãos arredondados, essa especiaria apresenta atividade antioxidante e antimicrobiana, protegendo o organismo contra doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes, além de auxiliar no combate ao desenvolvimento de micro-organismos nocivos nos alimentos.
Por conta dessa propriedade, a pimenta-do-reino, principalmente nas versões preta ou branca, é muito usada como condimento em receitas caseiras ou industrializadas. Ela é fundamental para temperar embutidos, como salame e linguiças, ajudando a conservar esses produtos por mais tempo.
Além disso, a pimenta-do-reino é fonte de piperina, um composto que atua como termogênico no organismo, acelerando o metabolismo. Ela também age como digestivo e, ao ser consumida com outros alimentos, ajuda na absorção de nutrientes. Para potencializar e otimizar o efeito da cúrcuma, por exemplo, recomenda-se o consumo desse tempero, que é riquíssimo em antioxidantes e possui propriedades anti-inflamatórias, junto com pitadas de pimenta-do-reino.
Tipos de Pimenta-do-Reino
As três versões de pimenta são provenientes da mesma planta. Tanto a preta quanto a branca são consumidas depois de secas. O que difere as duas é que, no caso da branca, os grãos têm suas cascas removidas antes da secagem. A pimenta verde é o grão fresco da planta. Em outros países, como no Chile, esse tempero é consumido in natura, mas, por aqui, é mais comum encontrá-lo em conserva ou em salmoura. Essa versão é bastante utilizada no famoso prato francês filet au poivre, que consiste em filé-mignon grelhado servido com molho cremoso de pimentas moídas.
O principal composto da pimenta-do-reino é a piperina, que se desdobra em ácido pipérico e piperidina. A piperidina estimula a produção dos sucos digestivos, auxiliando na digestão. Contudo, não se recomenda o consumo exagerado, pois pode irritar e inflamar a mucosa gástrica. Portanto, pessoas com gastrite, úlcera gastroduodenal, pancreatite ou hemorroidas devem evitar o consumo desse tempero.
Como Usar a Pimenta-do-Reino
O sabor e o aroma variam bastante entre as pimentas preta, branca e verde. A pimenta preta, mais clássica, tem um sabor ligeiramente picante e amadeirado, que combina mais com carnes vermelhas e carne de porco. A pimenta branca é indicada para peixes e preparos como ensopados de legumes e molhos brancos.
A pimenta verde tem um toque mais cítrico e, se em conserva, um sabor mais ácido. Ela combina bem com molhos cremosos à base de manteiga e creme de leite, mas também é deliciosa em preparos frescos, como vinagretes, molhos de saladas e saladas de verduras e legumes.
A pimenta-do-reino em grãos é um ingrediente fundamental para aromatizar e dar sabor a caldos caseiros, como os de legumes, frango e carne. Para preservar sabor, aroma e os óleos essenciais contidos nessas especiarias, é recomendável comprar as pimentas em grãos (no caso da preta e da branca) e moê-las na hora de usar.
A pimenta verde é mais macia em textura e pode ser processada com mixer ou batida no liquidificador. Em geral, é utilizada com os grãos inteiros. A pimenta preta é tão saborosa e perfumada que pode ser utilizada até em sobremesas. Experimente usar os grãos em caldas, compotas ou doces de frutas, ou finalizar um sorvete com um fio de mel e uma pitada de pimenta moída na hora. É uma opção diferente e deliciosa!