Paca...
A paca é um dos animais silvestres mais fáceis de criar em cativeiro.
As pacas são os animais silvestres que se adaptam mais facilmente a cativeiros.
Criação de Animais Silvestres
A criação de animais silvestres em cativeiro é uma opção para a preservação das espécies na natureza, evitando sua extinção. A prática requer uma série de cuidados especiais por parte do criador, começando com uma autorização do IBAMA. Caso não haja essa permissão, podem ocorrer sérios problemas com a justiça.
Esse tipo de criação também é uma ótima alternativa de nova fonte de renda para o produtor rural, que pode ser trabalhada paralelamente a outras atividades.
A adaptação dos animais ao cativeiro é uma atividade trabalhosa, exigindo bastante dedicação, já que esses animais estão acostumados com a liberdade e a natureza.
Sobre a Paca
A paca é o segundo maior roedor brasileiro. Possui pelos curtos e ouriçados, que variam do castanho-pardo ao castanho-avermelhado. As orelhas são pequenas e as laterais do focinho são inchadas. As faces lateral e inferior do focinho e o ventre são brancos. Suas patas são fortes e possuem unhas afiadas – as anteriores têm quatro dedos e as posteriores, cinco. Elas podem chegar a até 70 cm de comprimento e 10 kg de peso, e possuem uma cauda vestigial em forma de pequeno tubérculo.
São animais de vida solitária, tímidos, que buscam lugares afastados para permanecer. Têm faro apurado e ouvido aguçado, e moram sempre perto de locais com potencial hídrico. Chegam a viver até 16 anos e têm um período de gestação de 115 dias, geralmente com uma cria por vez e até duas gestações por ano. Alimentam-se de vegetais diversos, mas preferem frutos.
Comportamento em Cativeiro
As pacas criadas em cativeiro apresentam três reações principais:
- Fazem a demarcação territorial com urina, principalmente ao redor dos comedouros;
- Eliminam as fezes em um único local, bem afastado do bebedouro e do comedouro;
- Devem ser alimentadas ao entardecer, quando sentem mais fome.
Ao manejar o animal, o tratador deve usar botas de cano longo (para se proteger de mordidas), luvas e redes próprias. O animal deve ser apanhado em horários de pouca atividade, evitando o estresse.
O Criadouro
- A recomendação mínima para o beiral é de 1,80 m; para a cumeeira, de 2,50 m. A área livre deve ser coberta por tela.
- As divisões devem ter uma piscina de 1 m x 1 m, com profundidade de 25 cm.
- A parte mais alta do telhado deve ficar no sentido norte-sul para a entrada de sol. Telhas de amianto podem ser usadas em locais mais frios; em locais de temperatura alta, é melhor usar telhas de barro.
- Cada baia deve ter uma caixa-ninho, com 1,10 m de comprimento por 70 cm de largura.
Advertência
De acordo com a Portaria n.º 117 de 15 de outubro de 1997, seção II, os produtos a serem comercializados devem possuir um sistema de controle e marcação que pode ser carimbo, etiqueta ou similar, aprovado pelo IBAMA. A venda deve ser acompanhada de nota fiscal fornecida pelo criadouro.
Os animais abatidos, partes e produtos devem ser embalados e etiquetados com as informações exigidas pela legislação.
O ideal para investir no negócio é procurar um especialista da área e entrar em contato com o IBAMA para obter mais informações sobre a legislação e a criação dos animais.