Metamorfose: Descubra o que é
A palavra “metamorfose” significa “transformação”, referindo-se a um conjunto de mudanças físicas que alguns animais experimentam ao longo de seu desenvolvimento.
Insetos como besouros, moscas e borboletas, além de anfíbios, como o sapo, passam por metamorfose. Alguns sofrem metamorfose completa, enquanto outros experimentam metamorfose incompleta.
A maioria dos insetos passa por metamorfose, e, dependendo do grau, são classificados em três tipos: hemimetábolos, holometábolos e ametábolos.
Tipos de metamorfose
Hemimetábolos
Do grego hemi = meio; metábole = mudança – a metamorfose incompleta, onde o animal que sai do ovo difere pouco do animal adulto. Nos insetos hemimetábolos, como o gafanhoto, uma ninfa (filhote sem asas desenvolvidas) emerge do ovo e passa por sucessivas mudas até atingir a forma adulta, com asas.
Holometábolos
Do grego holos = todo – a metamorfose completa ocorre em três etapas: larva – pupa – imago (adulto). Neste tipo, o inseto é significativamente diferente da larva, que passa por várias mudas. Um exemplo são as borboletas e mariposas: do ovo sai uma larva (lagarta), que tece um casulo e entra na fase imóvel de pupa (crisálida); do casulo emerge a borboleta adulta, sexualmente madura.
As larvas frequentemente têm uma dieta diferente da do adulto, evitando assim a competição dentro da espécie.
Ametábolos
Do grego a = sem – sem metamorfose; como na traça, onde o ovo origina um animal jovem que difere do adulto apenas em tamanho e amadurecimento sexual.
Tipos de desenvolvimento
Existem dois tipos de desenvolvimento: direto e indireto. O desenvolvimento direto ocorre em animais que passam por poucas mudanças estruturais do nascimento à vida adulta, como o ser humano. O desenvolvimento indireto, por outro lado, ocorre em animais que apresentam grandes mudanças estruturais do nascimento à vida adulta, também conhecido como metamorfose.
O que é metamorfose?
A metamorfose, do grego metamorphosis, significa transformação e refere-se à mudança na forma do corpo, nos tecidos, nos órgãos e em modos de vida dos animais. Animais como insetos, anfíbios e moluscos passam por estágios larvais até alcançar a vida adulta.
Existem diversos tipos de metamorfoses, sendo que uma delas ocorre com a mudança de habitat e de hábitos, como nos anfíbios e insetos.
Mudança de habitat
A libélula, por exemplo, em seu primeiro estágio de desenvolvimento, vive apenas na água, mas na fase adulta passa a viver no ambiente terrestre, onde começa a voar.
Com o sapo, similar à libélula, na fase de girino ele vive somente no meio aquático, enquanto na fase adulta, passa a habitar também o ambiente terrestre, já como um anfíbio.
Metamorfose nos insetos
No início de suas vidas, os insetos são chamados de larvas ou ninfas – a denominação varia conforme o desenvolvimento pós-embrionário de cada tipo de inseto. A metamorfose gradual ou incompleta ocorre quando o ser já nasce com o formato de um adulto, sendo o nascimento de asas o marco visível para notar a transição.
A capacidade de voo de muitas espécies permite-lhes alcançar com facilidade fontes de alimento distantes, além de lhes conferir um grande poder de defesa e dispersão. A epiderme impermeável, o tipo de excreção (que economiza água) e o ovo coberto por casca possibilitam sua sobrevivência em ambientes secos.
O holometabolismo ou metamorfose completa ocorre quando o ser passa por quatro fases bem definidas de transição: ovo, larva ou ninfa, pupa e adulto. Há também a hipermetamorfose, que é quando o inseto passa por várias fases larvais antes da próxima transição, a pupa.
Fases de transição
- Larva: o animal se alimenta muito e pode permanecer meses nessa fase. O mosquito da dengue, por exemplo, deixa suas larvas submersas na água limpa e parada, alimentando-se de matéria orgânica existente no local. Quanto mais quente a temperatura da água, mais rápido será o seu desenvolvimento.
- Pupa: o animal está em repouso e sem se alimentar. No caso do mosquito da dengue, essa fase é rápida – entre dois a quatro dias, tempo necessário para que seu exoesqueleto endureça. Ele fica flutuando na água e logo passa para a fase adulta.
Borboletas: insetos de metamorfose completa
Os lepidópteros constituem uma das principais ordens de insetos, com aproximadamente 146.000 espécies descritas. As borboletas somam entre 7.100 e 7.900 espécies na região Neotropical, com 3.100 a 3.280 espécies ocorrendo no Brasil. Elas são conhecidas como insetos holometábolos, pois sofrem metamorfose completa durante seu desenvolvimento.
Após a fecundação, as fêmeas buscam a planta onde irão pôr seus ovos. Estes eclodem após alguns dias e as lagartas que saem possuem potentes peças bucais mastigadoras, alimentando-se vorazmente das folhas da planta onde se encontram.
À medida que crescem (podendo chegar até 10 cm), as lagartas mudam de pele várias vezes. O período entre duas mudas é chamado de instar. No último instar, a lagarta deixa de se alimentar, esvazia o estômago, imobiliza-se e sofre a última muda, adquirindo um revestimento mais escuro e espesso, assumindo a forma característica da pupa (ou crisálida).
A pupa permanece imóvel, pendurada em galhos de árvores, enrolada em folhas, em buracos no solo ou nos troncos das árvores. Iniciam-se, então, as transformações mais significativas desses insetos.
Os tecidos da larva são digeridos, novos tecidos e órgãos se formam, e a lagarta é lentamente transformada em borboleta. Esse processo, conhecido como metamorfose completa, termina quando o revestimento da pupa se rompe e dela emerge um adulto (ou imago).
O imago já possui todos os sistemas próprios de um adulto e, no caso dos insetos, está apto para a reprodução. Quando suas asas ficam esticadas e secas, a borboleta está pronta para voar.
As borboletas adultas têm peças bucais sugadoras e se alimentam do néctar das flores, frutos em decomposição e sais minerais encontrados em solo úmido.