Membrana plasmática – Funções e estrutura
A membrana plasmática é um envoltório celular que delimita toda a célula, presente em todos os tipos celulares. A área da Biologia que estuda a célula é a citologia (do grego: cito = célula; logos = estudo).
Ao estudarmos a origem e a evolução dos seres vivos, discutimos a origem e evolução da célula, já que todos os organismos são formados por células, exceto os vírus.
O primeiro ser vivo que surgiu no planeta era muito provavelmente uma célula simples. Atualmente, sabemos que existem organismos formados por células procariontes e eucariontes.
Os procariontes são aqueles que não possuem um núcleo celular individualizado, enquanto os eucariontes apresentam um núcleo delimitado por uma membrana chamada carioteca ou envoltório nuclear, separando o material nuclear do citoplasma.
O que é uma Membrana Plasmática?
É um envoltório celular que individualiza a célula, confere proteção e permite a troca de substâncias e gases, como o oxigênio.
Quais os Principais Componentes?
A membrana plasmática é composta basicamente por proteínas, lipídios e glicídios. O tipo de proteína está intimamente relacionado à função desempenhada.
As proteínas da membrana, seja inseridas ou associadas a ela, atuam de diversas maneiras, com diferentes graus de especificidade. Existem proteínas responsáveis pelo controle da passagem de certas substâncias através da membrana, chamadas proteínas transportadoras (de canal e carreadoras).
Há aquelas que fixam outras moléculas à membrana, atuam como enzimas, catalisando reações específicas e respondem pela percepção de estímulos do ambiente, transmitindo informações para o interior da célula.
Qual a Composição Química?
A membrana celular é composta quimicamente por uma bicamada lipídica do tipo fosfolipídica, com uma camada voltada para o meio externo e a outra para o meio interno da célula.
Esses fosfolipídios são formados por três componentes: glicerol, ácidos graxos e um grupamento fosfato. Nas membranas de células animais, encontramos também colesterol.
Parte dos fosfolipídios é hidrofílica, ou seja, tem afinidade pela água, enquanto a parte interna da membrana é hidrofóbica, pois não interage com a água.
Na bicamada, existem proteínas inseridas, conhecidas como proteínas integrais. Quando localizadas na periferia da membrana plasmática, são chamadas de proteínas periféricas.
A membrana também contém glicídios, que formam o glicocálice presente na parte externa da membrana celular. O glicocálice tem funções de reconhecimento químico, atuando como uma barreira contra agentes químicos e físicos, além de proteger a célula.
Devido a esses componentes químicos, podemos afirmar que a membrana plasmática é fosfolipoproteica.
Membrana Plasmática e Outras Características
A membrana plasmática possui especializações, como:
- Microvilosidades: encontradas em células do intestino e rins, aumentam a superfície de contato e a absorção.
- Cílios e Flagelos: cílios se encontram em células das vias respiratórias e ajudam na expulsão de impurezas. Flagelos, como o do espermatozoide, têm função de transporte.
- Junção Oclusiva: impede a entrada de microrganismos entre as células, bloqueando vírus e bactérias.
- Desmossomos: têm função de adesão, unindo células.
- Junção Comunicante: permite a troca de substâncias entre células, principalmente aminoácidos e água.
- Interdigitações: pequenas especializações que ajudam na adesão entre células.
Quais as Funções da Membrana Plasmática?
A membrana plasmática tem três funções principais: revestimento, proteção e permeabilidade seletiva, sendo esta última a mais comum. O modelo de estrutura da membrana plasmática atualmente aceito é o modelo do mosaico fluido, proposto em 1972.
Esse nome reflete a capacidade da membrana de selecionar as substâncias que entram e saem da célula através do mecanismo de permeabilidade seletiva.
A membrana plasmática é extremamente fina e só pode ser visualizada através de microscópio eletrônico. Sua finura permite que outras estruturas a recubram, como a parede celular e o glicocálice, que têm função primordial de proteção.
No caso dos animais, o glicocálice também tem função de reconhecimento celular, sendo crucial em transplantes, pois maior semelhança entre os glicocálixes de doador e receptor facilita a compatibilidade.
A parede celular, por outro lado, não está presente em células animais, apenas em vegetais, algas (composta por celulose), fungos (composta por quitina) e bactérias (composta por glicose, açúcares e proteínas).
Estrutura: Formação e Posição da Membrana Plasmática
A membrana plasmática é formada pela união de uma bicamada lipídica, criando um revestimento fluido que delimita a célula. As moléculas de proteínas estão imersas nessa bicamada.
Os tipos de proteína das membranas celulares variam de célula para célula e determinam suas funções específicas. A membrana plasmática delimita o citoplasma da célula, criando um espaço de comunicação e troca entre o meio externo e o interno.
Importância da Membrana Celular
A membrana é fundamental para a manutenção da vida celular, pois suas funções garantem o bom funcionamento da célula. As trocas de substâncias podem ser classificadas em três tipos:
- Processo Passivo: ocorre através da membrana plasmática sem gasto de energia, tendendo a igualar a concentração da célula com a do meio externo (a favor do gradiente de concentração).
- Processo Ativo: ocorre com gasto de energia, mantendo uma diferença de concentração entre a célula e o meio externo (contra o gradiente de concentração).
- Processo Mediado por Vesículas: utiliza vesículas para entrada de partículas ou microrganismos na célula (endocitose) ou para eliminação de substâncias (exocitose).
Resumo
As células são as unidades morfológicas e funcionais dos seres vivos, individualizadas por membranas que separam o interior da célula do meio externo, permitindo trocas de substâncias. Sem essas trocas, a célula não pode se manter viva, necessitando receber nutrientes e oxigênio e eliminar resíduos do metabolismo. A membrana plasmática é crucial, pois viabiliza essa troca, apresentando permeabilidade seletiva e selecionando o que pode ou não atravessar a membrana.