Lobo-da-Tasmânia: O Último Superpredador Marsupial
O lobo-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus), também conhecido como tigre-da-tasmânia, foi o maior marsupial carnívoro dos tempos modernos. Nativo da Austrália e Nova Guiné, acredita-se que tenha sido extinto no século XX, sendo o último membro do gênero Thylacinus (tilacino). Fosséis de espécies relacionadas indicam que o gênero existia desde o início do Mioceno.
Extinção e Causas
Os tigres-da-tasmânia foram extintos da Austrália continental milhares de anos antes da colonização europeia, mas sobreviveram na ilha da Tasmânia, juntamente com outras espécies endêmicas, como o diabo-da-tasmânia. Sua extinção é geralmente atribuída à caça intensiva, incentivada por recompensas devido à sua consideração como uma ameaça aos rebanhos. No entanto, outros fatores que podem ter contribuído para seu desaparecimento incluem doenças, a introdução de cães e dingos, além da ocupação humana de seu habitat. O último registro visual da espécie ocorreu em 1932, e o último exemplar morreu no Zoológico de Hobart em 7 de setembro de 1936.
Relatos de Avistamentos
Embora oficialmente extinto, ainda são relatados encontros com o lobo-da-tasmânia por algumas pessoas, o que alimenta debates sobre a possibilidade de sua sobrevivência em áreas isoladas da Tasmânia.
Características e Comportamento
O lobo-da-tasmânia era considerado o superpredador da cadeia alimentar de seu habitat, similar aos tigres e lobos do hemisfério norte. Embora fosse um marsupial, e não um mamífero placentário, ele exibia formas gerais e adaptações semelhantes devido à convergência evolutiva. Seus parentes mais próximos são o diabo-da-tasmânia e o canguru.
Reprodução e Marsúpio
Como um dos dois únicos marsupiais com um marsúpio em ambos os sexos (junto com a cuíca-d'água), o lobo-da-tasmânia possuía uma bolsa no macho, que atuava como um revestimento protetor, protegendo seus órgãos enquanto ele se movia rapidamente pela mata fechada.