Jogos Paraolímpicos
Os Jogos Paralímpicos, também conhecidos como Paraolímpicos, são o maior evento esportivo mundial voltado para pessoas com deficiência. Incluem atletas com deficiências físicas (mobilidade reduzida, amputações, cegueira ou paralisia cerebral) e deficiências mentais. Realizados pela primeira vez em 1960, em Roma, Itália, têm origem em Stoke Mandeville, na Inglaterra, onde ocorreram as primeiras competições esportivas para reabilitar militares feridos na Segunda Guerra Mundial.
O sucesso inicial das competições impulsionou o crescimento do movimento paralímpico, que em 1976 já contava com a participação de quarenta países. Nesse mesmo ano, foi realizada a primeira edição dos Jogos de Inverno, permitindo que mais pessoas com deficiência praticassem esportes em alto nível. Um marco importante ocorreu nos Jogos de Barcelona, em 1992, quando os comitês organizadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos trabalharam em conjunto pela primeira vez. Após os Jogos de Seul, em 1988, o apoio do Comitê Olímpico Internacional levou à fundação do Comitê Paralímpico Internacional, em 1989. Desde então, ambos os comitês têm desenvolvido ações conjuntas para promover o esporte para pessoas com deficiência.
Os Jogos Paralímpicos contam com vinte e sete modalidades, incluindo esportes adaptados, como atletismo, natação, basquetebol, tênis de mesa, esqui alpino e curling, além de esportes exclusivos para deficientes, como bocha, goalball e futebol de cinco. Diversos atletas com deficiência física já participaram de edições dos Jogos Olímpicos, conquistando resultados significativos. Um caso notável é o do esgrimista húngaro Pál Szekeres, que ganhou uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1988 e, após um acidente que o deixou paraplégico, competiu em cinco edições dos Jogos Paralímpicos.
Entre os países lusófonos, o Brasil tem se destacado nas últimas edições dos Jogos Paralímpicos. O país estreou em 1976 e conquistou sua primeira medalha na edição seguinte. Em 2008, pela primeira vez, encerrou os Jogos entre os dez primeiros no quadro de medalhas, alcançando a nona posição com 47 medalhas. Nomes como Clodoaldo Silva, Daniel Dias, Lucas Prado, Ádria Santos e Terezinha Guilhermina são destaques do paradesporto brasileiro. Portugal também obteve bons resultados, especialmente na natação e na bocha, que renderam seis das sete medalhas do país em 2008. Angola, que compete desde 1996, já conquistou seis medalhas no atletismo. Em 2016, Cabo Verde e Moçambique celebraram suas primeiras medalhas, ambas de bronze. Timor-Leste e Macau também participaram dos Jogos Paralímpicos, embora ainda não tenham conquistado medalhas.