História e imagens dos dinossauros
O termo “Dinosauria”, que dá nome ao grupo em que os dinossauros estão inseridos, foi criado por Sir Richard Owen em 1842, referindo-se a “répteis temerosamente grandes”, principalmente os Megalossauros, Iguanodons (ou Iguanodontes) e Hylaeossauros.
Dinossauro é uma palavra que vem do grego e significa “lagarto terrível”, e dá nome a um dos grupos de animais mais bem-sucedidos em termos de longevidade; eles evoluíram em diversos tamanhos, formas e modos de vida.
Comumente essa palavra é utilizada de forma generalizada para se referir a todos os “animais grandes e perigosos que viveram há cerca de 220 milhões de anos e que agora estão extintos”. O problema é que existem muitos erros nesta frase, vamos elencá-los para poder esclarecer as principais dúvidas sobre este grupo.
Curiosidades sobre os Dinossauros
Embora muitas pessoas classifiquem todos aqueles animais enormes que viveram há cerca de 220 milhões de anos, e os generalizem chamando todos de dinossauros, na realidade os “verdadeiros dinossauros” são um subgrupo específico de Arcossauros (conhecidos também como lagartos “supremos”).
O grupo “Archosauria” inclui, além dos dinossauros (grupo que abrangia diferentes animais, inclusive as aves!), Pterossauros (répteis voadores) e Crocodilos. Atualmente, os únicos Arcossauros que estão vivos são os Crocodilos e os Dinossauros, representados pelas Aves.
Se pararmos e pensarmos sobre o parentesco entre os grupos, os Répteis Marinhos (ex.: Plesiossauros e Ictiossauros) e os Mamíferos (ex.: Mamutes e Mastodontes) eram evolutivamente distantes dos dinossauros. Sendo assim, lembre-se: nem tudo que é grande e já morreu, é um Dinossauro!
Dinossauros e o Tempo
Outra questão importante é: nem todos os dinossauros viveram juntos em uma mesma época! Diferente do que é retratado em alguns filmes e livros, nenhum Estegossauro viu um Tiranossauro, já que o segundo só apareceu milhões de anos após o primeiro. O mesmo vale para os Apatossauros (também conhecidos como Brontossauros); seus ossos já estavam bem fossilizados quando os Tiranossauros rex apareceram.
Mamutes e Mastodontes são mamíferos (e não dinossauros!) e só apareceram muitos milhões de anos após o encerramento do período Cretáceo.
Dendrogramas e Evolução
Para ilustrar as questões sobre a classificação dos dinossauros, achamos melhor mostrar um dendrograma e explicar como e para o quê ele serve. Dendrograma (dentro = árvore) é qualquer diagrama que representa em forma de árvore separando em ramos as diferentes informações.
Em filogenia, o dendrograma (ou árvore filogenética) conecta espécies e pode ser dividido em dois tipos: os cladogramas (que são uma representação das relações entre os grupos sem representar o tempo que cada mudança levou para acontecer) e os filogramas (diagramas que representam nos tamanhos de ramos o tempo que cada mudança levou para acontecer, ou seja, os ramos mais longos significam que tal característica que dá sentido ao nome do grupo demorou mais tempo do que outra que tem um ramo mais curto).
Em todos os tipos de árvores citados, quanto mais na base um grupo estiver, significa que este é ancestral em comum de todos os outros grupos que vão surgindo conforme “a árvore vai crescendo e seus ramos surgindo”. Essas árvores servem para tentarmos entender melhor como a evolução ocorreu e qual a relação entre um grupo e outro.
Dinossauros e Aves
Os dinossauros não estão extintos! As criaturas que normalmente consideramos como dinossauros viveram durante a Era Mesozóica, desde o final do período Triássico (cerca de 225 milhões de anos) até o final do Cretáceo (cerca de 65 milhões de anos atrás). Mas agora sabemos que eles realmente vivem hoje como as Aves.
A maioria dos paleontólogos (pessoas que estudam, dentre outras coisas, os dinossauros) comprova, através de estruturas como o esqueleto, que as aves são descendentes dos dinossauros. Assim, nós, vertebrados, ainda somos considerados desse grupo, mesmo que nossos antepassados já estejam extintos!
Base para os Estudos sobre os Dinossauros
Tudo o que se sabe até hoje sobre os dinossauros foi constituído com base em registros fósseis. Muitas áreas contribuem para os entendimentos atuais sobre a vida destes animais ancestrais, como física, biomecânica, química, biologia e paleontologia.
É importante mencionar que muitas vezes os paleontólogos são confundidos com arqueólogos, porém existem diferenças entre estas duas profissões.
Paleontologia vs. Arqueologia
Os paleontólogos estudam fósseis, restos (dentes, ossos, conchas…) ou vestígios (pegadas, ovos, fezes…) de organismos com mais de 11.700 anos, os quais estavam vivos antes do “Holoceno” (época geológica recente, na qual se considera que a Terra possuía a configuração de clima, fauna, flora e geografia como temos atualmente) e, portanto, são considerados fósseis. Qualquer resto ou vestígio que apresentar datação “pós-Holoceno”, segundo alguns estudiosos, não pode ser considerado como fóssil.
Já os arqueólogos são os profissionais que estudam as atividades humanas, com base em vestígios materiais (pedaços de cerâmica, ferramentas, restos de alimentos, instrumentos utilizados para caça…) em um período de tempo muito menor que os paleontólogos, começando na Idade da Pedra, há cerca de 4 milhões de anos.