Galinha da Angola....
Hábitos e Características da Galinha da Angola
As galinhas da angola influenciam diretamente o desempenho do gado de corte e de leite. Conhecidas também como Numida melagris galeata, essas aves possuem características semelhantes às dos faisões. Originárias da África, foram trazidas para o Brasil pelos portugueses durante o período de colonização. Mesmo domesticadas, ainda apresentam traços de seus hábitos selvagens, como voar quando se sentem ameaçadas e esconder seus ninhos em locais de difícil acesso quando são criadas soltas.
Controle Biológico
Uma característica relevante da galinha da angola é sua participação no controle biológico, ajudando a manter o equilíbrio ambiental ao consumir insetos, formigas, carrapatos e outras pragas. Em propriedades rurais, observa-se um aumento na produção de leite e uma melhora na qualidade da carne bovina devido à presença dessas aves, já que uma pastagem mais limpa contribui para o bem-estar do gado e o aumento dos lucros. Além de pragas, alimentam-se também de flores, frutos, gramíneas e sementes.
Carne e Ovos
A criação da galinha da angola pode ter como objetivo o comércio de carne e ovos. A carne dessa ave, apreciada na gastronomia, é comparada à do faisão e é requisitada por restaurantes sofisticados para pratos refinados. Os ovos possuem sabor semelhante aos ovos comuns. Algumas criações, no entanto, são destinadas apenas ao uso ornamental, valorizando a beleza singela dessas aves.
Sistemas de Criação
No sistema extensivo, as galinhas vivem soltas pelo campo, reproduzindo-se sem intervenção do criador. Porém, esse método dificulta o controle da produção de ovos e do bem-estar das aves, já que elas se dispersam facilmente e escondem seus ovos, dificultando o acesso. Para maior eficiência e lucro, recomenda-se o sistema intensivo, onde o desempenho das aves é rigidamente controlado.
Instalações Necessárias
No sistema intensivo, as galinhas da angola exigem instalações semelhantes às de outras espécies de galinhas e não demandam alto investimento. Em criações com mais de uma raça, é necessário mantê-las separadas para evitar cruzamentos. O viveiro deve comportar cerca de 10 aves, com uma área mínima de 4 m² por ave. Os dormitórios, de madeira ou alvenaria, precisam de poleiros e devem ser cobertos na parte traseira e lateral, deixando a frente voltada para o sol.
Como as galinhas da angola gostam de ciscar, o solo do viveiro deve ser natural, podendo ser coberto com feno, capim ou palha, com uma camada de 15 cm de altura. Isso permite que as aves enterrem seus ovos ali mesmo, dispensando a construção de ninhos.
Considerações sobre o Manejo
Essas aves adaptam-se bem a qualquer clima e convivem pacificamente com outras espécies, mas, como são barulhentas, é recomendável mantê-las afastadas de animais que precisem de silêncio. São aves resistentes e raramente adoecem, mas devem ser vacinadas anualmente contra newcastle e bouba aviária.
Reprodução
Durante a primavera, as fêmeas põem ovos que eclodem após 25 dias. A proporção ideal na criação é de quatro ou cinco fêmeas por macho, mas, na época de reprodução, recomenda-se reduzir para três fêmeas por macho. Vitaminas devem ser fornecidas às aves para garantir um melhor desempenho reprodutivo.
Pintinhos da Angola
Ao nascer, os filhotes devem ser protegidos de fatores como umidade, variação de temperatura e predadores. Em cerca de uma semana, já conseguem buscar abrigo sozinhos. No entanto, os filhotes costumam ser agressivos e devem ser mantidos separados das aves adultas para evitar conflitos.