Frutose: O que é, Utilização e Efeitos no Organismo
O que é a frutose?
Considerada o açúcar mais doce que existe, a frutose, também conhecida como levulose, é um tipo de carboidrato pertencente ao grupo dos monossacarídeos, compostos que não sofrem hidrólise. Sua fórmula química é C6H12O6, semelhante à glicose, diferenciando-se apenas no grupo químico: a frutose pertence às cetonas, enquanto a glicose pertence aos aldeídos.
Ela é obtida a partir da hidrólise da inulina, substância presente nos vegetais, ou da sacarose, combinação de frutose e glicose, encontrada em frutas, vegetais, cereais e mel.
Utilização da frutose
A frutose é utilizada industrialmente a partir das frutas ou do xarope de milho, sendo encontrada na produção de doces, sucos, frutas em conserva ou desidratadas, refrigerantes e produtos processados.
Frutose no organismo
Ao ser ingerida, a frutose é metabolizada e transformada em glicose, que fornece energia ao organismo. No entanto, o consumo excessivo pode interferir na produção de insulina, elevar os níveis de glicemia e contribuir para o desenvolvimento de diabetes.
Por isso, recomenda-se a ingestão de frutose por meio de frutas, que também fornecem fibras e ajudam na digestão, evitando o desequilíbrio metabólico.
A frutose atrapalha o treino?
Sendo um carboidrato simples de alto índice glicêmico, a frutose é rapidamente convertida em energia. Entretanto, ela eleva os níveis de insulina, o que pode prejudicar os efeitos do treino, especialmente se consumida antes do exercício. Em exercícios aeróbicos, a intenção é queimar gorduras armazenadas, mas a ingestão de frutose pode fornecer energia imediata, inibindo a queima de gordura.
Carboidratos ou glicídios
Também chamados de açúcares, os carboidratos são as principais fontes de energia para os seres vivos. Produzidos pelas plantas na fotossíntese, suas moléculas contêm carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O). Além de fornecerem energia, os carboidratos possuem funções estruturais, como a celulose nas células vegetais, e fazem parte dos ácidos nucleicos, que compõem o material genético.
Os carboidratos podem ser classificados em três grupos: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos.
Monossacarídeos
Os monossacarídeos são os carboidratos mais simples e possuem a fórmula geral CnH2nOn. Eles são moléculas pequenas que não se dividem na presença de água, não sofrendo hidrólise.
Os principais exemplos incluem glicose, frutose, galactose, ribose e desoxirribose. Eles são classificados conforme o número de átomos de carbono na molécula:
- Trioses: 3 átomos de carbono (C3H6O3)
- Tetroses: 4 átomos de carbono (C4H8O4)
- Pentoses: 5 átomos de carbono (C5H10O5)
- Hexoses: 6 átomos de carbono (C6H12O6)
Entre as pentoses, a ribose e a desoxirribose são importantes na constituição do RNA e do DNA, respectivamente. As hexoses, como glicose, frutose e galactose, são fontes essenciais de energia para os organismos vivos.
Dissacarídeos
Os dissacarídeos são formados pela união de dois monossacarídeos, que, ao serem consumidos, são quebrados pelo sistema digestivo para fornecer energia às células. Os principais dissacarídeos são:
- Sacarose: glicose + frutose (encontrada na cana-de-açúcar e beterraba)
- Lactose: glicose + galactose (presente no leite)
- Maltose: glicose + glicose (encontrada em vegetais)
Esses compostos são solúveis em água, mas para que sejam aproveitados como energia, precisam ser quebrados em monossacarídeos por hidrólise.
Polissacarídeos
Os polissacarídeos são moléculas grandes, formadas por muitos monossacarídeos, como a glicose. Eles não são solúveis em água e podem ser quebrados em açúcares simples por hidrólise. Exemplos incluem:
- Amido: reserva de energia nas plantas
- Celulose: função estrutural nas células vegetais
- Glicogênio: reserva de energia nos animais
Essas moléculas têm importância vital, pois funcionam como componentes estruturais ou como reservas de energia nos seres vivos.