Formação do planeta
Estima-se que nosso planeta tenha sido formado há aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Desde então, a Terra passou por constantes mudanças, algumas nítidas e outras longas, que os seres humanos não percebem. Essas mudanças podem ser causadas por fatores internos, como a energia do núcleo, ou fatores externos, como chuvas, processos erosivos e a ação humana.
Formação do Sistema Solar
A formação do Sistema Solar foi resultado do colapso de grandes estrelas, que gerou uma enorme quantidade de energia. Essa energia posteriormente formou os componentes do sistema, incluindo o Sol e os demais planetas. Há 4,6 bilhões de anos, a Terra era uma massa de matéria magmática que, ao longo de milhões de anos, resfriou-se. Esse resfriamento deu origem à camada rochosa, chamada de litosfera, durante a Era Pré-Cambriana.
Mutações e Mudanças no Planeta
Ao longo desses bilhões de anos, várias mutações ocorreram no planeta, muitas delas violentas, como os terremotos e maremotos, também conhecidos como abalos sísmicos. Esses abalos se originam nas camadas internas da Terra, alterando significativamente a superfície terrestre. Outras mudanças, menos violentas, ocorreram de forma gradual, como a formação da atmosfera, a camada de gases que envolve o planeta. Essa camada protege-nos da intensa radiação solar, permitindo a existência de vida.
A Terra Primordial
No início dos tempos, a Terra era um lugar inabitável, marcado por erupções vulcânicas constantes e altas temperaturas. Os movimentos do planeta, como a rotação (em torno de si) e a translação (ao redor do Sol), possibilitaram a formação esférica da Terra, que é achatada nos polos. Essa forma é conhecida como geoide. Seu interior, até pouco tempo atrás, era inóspito e desconhecido.
Conhecimento do Interior da Terra
Com o desenvolvimento da tecnologia, a medição dos abalos sísmicos permitiu conhecer melhor o interior do planeta. As ondas sísmicas provocadas por esses abalos atravessam grandes regiões e fornecem informações valiosas sobre a estrutura interna da Terra. O interior ainda possui a camada magmática de bilhões de anos atrás, e estima-se que a temperatura suba 1 ºC a cada 33 metros de profundidade.
Crostas e Estrutura Interna do Planeta
Na superfície terrestre, a camada em que vivemos, podemos encontrar diversos minerais utilizados no cotidiano. A crosta, que recobre todo o planeta, é dividida em crosta continental e crosta oceânica. No fundo dos mares e oceanos, existe o assoalho oceânico, onde compostos de silício e magnésio (sima) são encontrados com frequência. Nos continentes, silício e alumínio (sial) predominam, dando consistência a quase toda a superfície.
Camadas Internas do Planeta Terra
Por dentro, a estrutura do nosso planeta é formada por camadas, cada uma com características específicas. De forma geral, podemos classificá-las em três principais: crosta (oceânica e continental), manto (superior e inferior) e núcleo (interno e externo). Podemos comparar essa estrutura à de um abacate: a casca da fruta representa a crosta, a polpa representa o manto e o caroço representa o núcleo.
A crosta, a camada superficial do planeta, também chamada de litosfera, é onde se localizam relevos, oceanos, mares, rios e a biosfera. Essa é a camada em que ocorre o desenvolvimento da vida. A espessura da crosta varia de 5 km a 70 km. Embora esse tamanho pareça grande, é apenas a “casca” do planeta, que revela sua imensidão.
A crosta oceânica, como o nome indica, é a parte que está abaixo do mar e possui espessura entre 5 km e 15 km, sendo menos espessa do que a crosta continental. A crosta continental pode ter espessura entre 30 km e 70 km, formando os continentes. O manto, situado a uma profundidade de 70 km a 2900 km, contém magma, uma camada viscosa responsável pela movimentação das placas tectônicas na litosfera.
No manto superior, que se estende até aproximadamente 670 km de profundidade, encontramos a astenosfera, uma área viscosa que permite a movimentação da crosta ao longo de milhares de anos, modificando o relevo terrestre. O manto inferior, localizado entre 670 km e 2900 km de profundidade, é conhecido como mesosfera, e é a parte sólida da estrutura que se aproxima do núcleo, tornando-se sólido devido à pressão exercida pelo peso da Terra.