Doenças genéticas e hereditárias
Diversos são os tipos de doenças passíveis de transmissão de pais para filhos através dos gametas. São as enfermidades conhecidas como genéticas ou hereditárias. Grande parte dessas não possui relação com o sexo, uma vez que são nos autossomos onde se encontram localizados os genes que fazem a codificação delas.
São consideradas genéticas todas as doenças que podem ser perpetuadas por gerações por seus progenitores, mesmo que esses não promovam manifestação. Entre os exemplos mais comuns, pode-se evidenciar o daltonismo e a hemofilia.
Entretanto, os casos não param por aí. Estima-se que o número de doenças genéticas catalogadas na raça humana ultrapasse 3.500 variações, e constantemente novos tipos surgem e desafiam a medicina.
Herança
Grande parte dessas enfermidades é herdada de forma independente do sexo, uma vez que a codificação não se dá nos heterocromossomos, mas sim nos autossomos. Tal herança possui inúmeras formas possíveis de ocorrer, pois sempre as leis mendelianas são seguidas. Assim, existem situações em que os genes são ligados (linkage), poligenia, entre outros.
A gravidade de uma anomalia genética, a depender do caso, pode ser considerada inofensiva ou letal. A polidactilia, por exemplo, é um transtorno genético que possibilita que o seu portador tenha uma vida sem complicações, uma vez que consiste em deixá-lo com mais de cinco dedos.
As doenças genéticas podem afetar apenas uma determinada área, a exemplo da polidactilia, como também podem dar origem a um grupo de diversas anomalias distribuídas pelo organismo.
Origem dos Problemas
As doenças consideradas genéticas podem ser geradas por diversas causas, entre as quais se pode listar: os genes transmitidos de pais para filhos que podem estar defeituosos; as anomalias durante a reprodução, que ocasionam uma separação de cromossomos de forma discrepante; a depender do ambiente, a ativação de genes latentes, que são capazes de dar origem a uma doença; e a exposição do feto, durante a gestação, a fatores que provoquem alterações nos genes, como componentes químicos e radiações.
Os sintomas de anomalias genéticas são identificados de forma simples e notável. Entretanto, há casos em que se faz necessária a constatação por meio de fatores de comprovação complementares, a exemplo da checagem do cariótipo, processo responsável por identificar possíveis anomalias nos cromossomos, como a duplicidade de algum ou mesmo a ausência de partes de outro. Análises biológicas e químicas de amostras de fluidos ou pesquisas específicas com o material do DNA do indivíduo também são válidas.
Combatendo Essas Anomalias
O mais indicado e eficaz combate contra as doenças genéticas é mesmo o mecanismo da prevenção, tanto por meio do diagnóstico pré-natal quanto da orientação genética. Depois de manifestada, uma anomalia genética se torna complexa de ser combatida.
Promovido por meio de variadas técnicas, o diagnóstico pré-natal visa identificar doenças graves antes do nascimento do indivíduo. Já a orientação (aconselhamento) genética é fundamentada na análise das enfermidades genéticas em um grupo familiar e na forma como as mesmas tenham sido distribuídas. A partir daí, um cálculo é realizado para que se tenha a probabilidade de hereditariedade para outros descendentes.