Depois do ‘boom’ do bitcoin, urânio pode ser o próximo ativo a decolar; veja como investir
Você já pensou em investir no urânio? Embora seja um investimento ainda fora do radar, ele está ganhando cada vez mais destaque entre os investidores pela sua importância na geração de energia ao redor do mundo e na construção de tecnologias de ponta, como bateria para carros elétricos.
E essa tendência já vem rendendo lucros. O mineral valorizou 110% nos últimos 11 meses e, na visão de especialistas, pode continuar subindo. “Ele representa um grande avanço tecnológico, que tem tudo para mudar o mundo nos próximos dez anos”, diz o economista George Wachsmann, CIO da Vitreo, corretora responsável pelo primeiro fundo de investimentos em urânio para investidores brasileiros.
A visão de especialistas
A visão do analista não é para menos: o próprio Bill Gates, um dos homens mais ricos do mundo, já reconheceu a necessidade de buscar novas formas de geração de energia para atender à demanda crescente do urânio. Em 2008, ele fundou a TerraPower, uma empresa com o objetivo de melhorar a segurança e produção dos reatores utilizados nas usinas nucleares. O empresário também investiu US$ 1 bilhão no minério.
A matéria-prima também está nos planos de Elon Musk, dono da Tesla - uma das maiores fabricantes de carros elétricos do mundo. Em dezembro de 2020, ele afirmou que o consumo de energia à base de urânio deve dobrar nos próximos 20 anos e que os veículos elétricos, que dependem do mineral para funcionar, serão protagonistas nesse processo.
Essa previsão já está se concretizando. A Tesla fechou 2020 com uma alta de 35,9% na produção de carros elétricos e, no mesmo ano, tornou-se a montadora mais valiosa do mundo, com um valor de mercado em torno de US$ 209 bilhões - US$ 6 bilhões a mais que a Toyota.
Demanda em alta
Ou seja, a demanda por urânio segue em alta… e não para por aí.
Urânio representa 10% da eletricidade do mundo
Claro que para nós, brasileiros, que temos uma imensidão de rios e hidrelétricas, é difícil imaginar a grandiosidade dessa matriz energética. Mas vou dar um exemplo do porquê você deveria diversificar seu portfólio com ela: enquanto que no Brasil a energia nuclear representa menos de 3%, na França essa fonte representa 71% da energia produzida no país.
Além disso, enquanto o Brasil produziu 15,2 bilhões de kWh em 2019, representando só 0,6% da produção mundial naquele ano, a Rússia chegou aos 195,5 bilhões; a Coreia do Sul bateu os 138,8 bilhões; e os Estados Unidos lideraram com 809,4 bilhões no período.
Ou seja, enquanto investidores ao redor do mundo notam a importância do urânio como um investimento estratégico para a valorização do patrimônio - por ser um bem essencial para a população de potências globais - você, brasileiro, segue preso ao que vê no nosso país subdesenvolvido, de moeda fraca e exótica.
