DNA - Cromossomos, genes, genoma e RNA . Parte 2
Duplicação do DNA
A duplicação do DNA é controlada por várias enzimas que promovem o afastamento das fitas, unem os nucleotídeos novos e corrigem erros de duplicação por um mecanismo de verificação. Antes da duplicação, as enzimas desenrolam as duas hélices e quebram as ligações de hidrogênio. Em seguida, proteínas específicas mantêm as duas cadeias afastadas.
Em cada fita exposta, novos nucleotídeos dissolvidos no nucleoplasma começam a se encaixar, obedecendo ao emparelhamento A-T e C-G. A união entre os nucleotídeos novos é feita com a ajuda das enzimas DNA polimerases, que também verificam se o nucleotídeo encaixou na base certa, removendo os encaixes errados.
Cada fio orienta a formação de outro que lhe é complementar. Portanto, a fita nova fica igual à antiga que ocupava aquela posição, e as duas moléculas resultantes serão exatamente iguais à original.
Como cada molécula filha de DNA é formada por uma fita antiga, que veio do DNA original, e uma nova, a duplicação é semiconservativa.
Cromossomos
Os cromossomos são formados por sequências de DNA, e cada organismo possui um número diferente deles. O ser humano possui 46 cromossomos, sendo 23 recebidos da mãe e 23 do pai.
Gene
Parte funcional do DNA, os genes são sequências especiais de centenas ou milhares de pares (como A-T ou C-G) que oferecem as informações básicas para produzir todas as proteínas que o organismo necessita.
Genoma
O conjunto de genes de uma molécula que influencia o desenvolvimento das características de um ser vivo é chamado genoma e varia de um organismo para outro.
O genoma é toda a informação hereditária de um organismo que está codificada em seu DNA (ou no RNA, como no caso de alguns vírus), incluindo tanto os genes como as sequências não codificadoras importantes para a regulação gênica e outras funções.
No ser humano, o genoma corresponde à sequência de nucleotídeos do DNA contido em 22 autossomos e nos dois cromossomos sexuais (X e Y).
Apenas 3% do Genoma Humano é formado por genes, sendo o restante formado por agrupamentos de proteínas sem informação. O conjunto de proteínas expressas pelo genoma é chamado proteoma.
Síntese de Proteínas
As características morfológicas e fisiológicas de um ser vivo dependem dos tipos de proteína produzidos em seu organismo. A síntese dessas proteínas depende do DNA em interação com o RNA, enzimas, ribossomos e outras estruturas da célula.
Apesar de terem a mesma coleção de genes, as células de um indivíduo podem ser diferentes porque, em determinado momento, alguns de seus genes estão em atividade, comandando a síntese de proteínas, enquanto outros estão inativos. Os genes ativos não são exatamente os mesmos nos diferentes tecidos.
Dessa forma, diferentes células produzem diferentes conjuntos de proteínas. Por exemplo, os melanócitos produzem melanina, pigmento que escurece a pele; certas células do pâncreas produzem o hormônio insulina. Assim, surgem diferenças morfológicas e fisiológicas entre as células. Além disso, certas proteínas não são sintetizadas continuamente pelas células.
O RNA
Existe outro ácido nucleico: o RNA. Embora a diferença entre o DNA e o RNA seja pequena, faz uma enorme diferença: enquanto o DNA tem dois filamentos de nucleotídeos, o RNA tem apenas um. Outra diferença é que o açúcar do DNA é a desoxirribose e do RNA é a ribose. O RNA possui a base nitrogenada uracila, que substitui a timina no DNA.