Condução da seiva - Como se dá esse processo?
Seiva
Seiva é como chamamos os líquidos que preenchem os espaços internos nas plantas, e podem ser classificadas em duas categorias. A primeira, de seiva bruta, é composta por água com nutrientes minerais que são obtidos do ambiente por meio das raízes. Essa é levada por meio do xilema, um tecido formado por vasos, até as folhas. Quando chegar até elas, a seiva bruta é usada para a produção de uma nova solução com açúcares que são produzidos durante a fotossíntese, além de outros compostos orgânicos. Essa seiva recebe o nome de seiva elaborada, e é enviada às raízes por meio do floema e nutre as células nas raízes.
Xilema
Também chamado de lenho, o xilema é um tecido constituído por células tubulares mortas que ficam dispostas em colunas. Quando de maior calibre, recebem o nome de elementos de vaso, e quando são menores, traqueídes.
A seiva bruta é conduzida por esse tecido, mas tem três fatores auxiliares nessa condução: a pressão positiva da raiz, a capilaridade dos vasos e a sucção das folhas.
- Pressão positiva da raiz: recebe esse nome a força da água que entra no xilema por osmose. Essa pressão empurra a coluna líquida para cima, mas somente é eficaz para elevar a seiva bruta em plantas herbáceas ou pequenos arbustos.
- Capilaridade: capilaridade é a tendência natural que a água tem de subir em dutos finos graças à adesão das moléculas de água em suas paredes.
- Sucção das folhas: na sucção das folhas é que é gerada a força que é capaz, verdadeiramente, de fazer a seiva bruta subir pelo xilema em árvores maiores. Quanto maior for a transpiração da planta, maior será tanto a absorção da seiva na raiz, quanto a velocidade de condução pelo xilema em uma pressão negativa.
Floema
Esse tecido é formado por dois tipos celulares vivos. O primeiro deles, os elementos de vaso crivado, é composto por células tubulares que não contêm núcleo e vacúolo, e são condutoras de seiva elaborada. Suas extremidades possuem placas crivadas. O segundo é composto das células companheiras. Estas são células companheiras e, apesar de não atuarem diretamente na condução da seiva, sustentam a produção das substâncias essenciais ao metabolismo do vaso crivado, mantendo-os vivos e em pleno funcionamento.
Condução
Dixon foi quem fez a primeira explicação do processo de condução da seiva bruta. Para ele, as folhas perdiam água e tornavam-se hipertônicas e passavam a exercer uma ação aspirante nos vasos condutores. Com isso, puxavam a seiva por meio de forças de adesão e coesão. A seiva elaborada é conduzida por meio dos vasos liberianos em sentido descendente em sua maioria. Nesse caso, a teoria aceita é a Hipótese de Münch. Elaborada por ele no ano de 1930, a hipótese diz que a água da seiva bruta chega ao órgão de pressão osmótica e penetra nos vasos floemáticos por osmose. Isso desloca a seiva elaborada em direção ao órgão de menor pressão osmótica, que normalmente é a raiz.