Cisto Pilonidal: Causas, Sintomas e Tratamento
O cisto pilonidal (também denominado abscesso pilonidal) é um cisto ou abscesso localizado próximo à divisão das nádegas, abaixo do cóccix, que frequentemente contém pelos ou restos de pele. A condição pode causar dor e afeta principalmente homens, ocorrendo mais frequentemente entre os 15 e 24 anos de idade.
Etimologia
O termo "pilonidal" significa "ninho de pelos" e é derivado das palavras latinas para "pelo" ("pilus") e "ninho" ("nidus"). O termo foi usado por Herbert Mayo por volta de 1830, e RM Hodges foi o primeiro médico a usar o termo "cisto pilonidal" para definir a condição em 1880.
Descrição
Os cistos pilonidais normalmente se localizam próximos ao cóccix, mas podem também atingir áreas como o umbigo, axilas ou até o pênis, embora tais ocorrências sejam muito mais raras. Algumas pessoas com cisto pilonidal podem ser assintomáticas e viver com o problema por anos. Em casos mais graves, o cisto pode ser doloroso e apresentar um pequeno canal chamado seio pilonidal, que pode se originar da infecção e atingir a superfície da pele, permitindo que o material do cisto saia.
Causas
Uma das principais causas especuladas para os cistos pilonidais é o crescimento de pelos dentro da pele. Acredita-se que a pressão excessiva sobre a região do cóccix, causada por sentar-se por longos períodos, possa predispor uma pessoa à condição. Não se acredita que traumas causem um cisto pilonidal, mas um ferimento na área pode resultar na inflamação de um cisto existente. A transpiração excessiva também pode contribuir para o aparecimento do cisto. Durante a Segunda Guerra Mundial, a condição foi comum entre soldados dos Estados Unidos, sendo apelidada de "Doença dos Condutores de Jipes", pois muitos casos ocorreram após longos percursos em jipes que pulavam, resultando em irritação e pressão sobre o cóccix.
Tratamento
O tratamento para o cisto pilonidal pode incluir terapia com antibióticos, compressas quentes e aplicação de cremes depilatórios. Em casos mais graves, o cisto pode ser drenado ou removido cirurgicamente, junto com o seio pilonidal. Após a cirurgia, o uso de curativos trocados diariamente pode ser necessário por quatro a oito semanas, e em alguns casos, pode levar até um ano para a completa cicatrização. Em alguns casos, o cisto pode ser fechado com sutura.
Para casos mais complicados ou recorrentes, o cisto pilonidal pode ser tratado por excisão do seio pilonidal e reconstituição da região, realizada sob anestesia geral. Essa técnica ajuda a nivelar a região entre as nádegas e diminui o risco de recorrência.
Uma abordagem menos invasiva envolve a retirada do canal pilonidal e o preenchimento com uma cola à base de fibrina, que causa menos dor e permite que a pessoa retorne às suas atividades normais em um ou dois dias.
Outros Diagnósticos
Um cisto pilonidal pode ser confundido com um cisto dermoide ou um tipo de teratoma, especialmente quando localizado na fenda entre as nádegas, podendo se assemelhar a um teratoma sacrococcígeo. O diagnóstico correto é crucial, pois teratomas exigem excisão cirúrgica completa e acompanhamento médico especializado.