Código Morse: o que é e tabela de códigos
Você sabe o que é o código morse? Ou ainda quando ele foi criado e com que finalidade? Neste artigo vamos dar as respostas para estas perguntas e ainda por cima mostrar o alfabeto em código morse e dar algumas dicas de como aprender essa linguagem.
Em primeiro lugar é preciso saber que a transmissão por código morse não é usada ou monitorada por nenhum país do mundo de maneira oficial. No entanto, ele foi um código de linguagem de extrema importância para a história das comunicações.
Principalmente no que diz respeito à Segunda Guerra Mundial, já que, uma década antes, o código passou a ser usado em todas as transmissões marítimas e até mesmo aéreas.
Isso se tornou decisivo para a realização de manobras a fim de evitar ataques inimigos. Por causa da importância histórica deste tipo de código, este post é dedicado totalmente a tirar dúvidas e apresentar curiosidades sobre ele.
O que é o código morse?
O código morse é um sistema de transmissão por código, que usa sinais binários e foi criado originalmente para ser usado com telégrafos elétricos. Um telégrafo era um aparelho de comunicação para longas distâncias, desenvolvido em 1835 nos Estados Unidos.
Um dos criadores, e que batizou a invenção, foi Samuel Morse, um artista, físico e inventor. Ele desenvolveu um sistema de códigos que utilizava pulsos elétricos para enviar informações a longas distâncias.
Para isso, eram usados pontos e traços organizados para representar números, que eram correspondidos a palavras em um dicionário específico.
No início, os telégrafos operavam utilizando correntes elétricas para controlar eletroímãs e gerar pulsos magnéticos. Morse desenvolveu o dispositivo com a colaboração do físico Joseph Henry e do inventor Alfred Vail.
Para viabilizar a transmissão, foi necessário criar um código que usasse apenas três tipos de pulsos e os espaços entre eles.
História
Na mesma época, em 1837, na Inglaterra, os inventores William Cooke e Charles Wheatstone desenvolveram um sistema semelhante. Entretanto, a tecnologia deles usava agulhas que giravam para indicar a letra enviada. O sistema, no entanto, não teve sucesso comercial e apenas duas unidades foram vendidas.
Em 1844, o telégrafo de Morse foi apresentado ao público e rapidamente se tornou um sucesso. A ideia era que operadores treinados decodificassem os sinais para enviar e receber mensagens de diferentes partes do mundo.
Curiosamente, o sistema de codificação binária não foi uma criação exclusiva de Morse. Há registros de sistemas similares entre 400 e 200 a.C., na região onde hoje fica a Índia, descritos pelo matemático Pingala.
Como ele se tornou o que conhecemos hoje?
A ideia inicial de Morse era criar um sistema que usasse pontos e traços para representar números. Esses números corresponderiam a palavras em um dicionário entregue aos operadores.
No entanto, Alfred Vail, parceiro de Morse, aprimorou o código, adicionando letras e símbolos para tornar o sistema mais acessível e eficiente.
Vail analisou a frequência das letras no idioma inglês e atribuiu sequências mais curtas para as letras mais usadas e sequências mais longas para as menos utilizadas. Isso tornou o código mais rápido de interpretar, mesmo que nem todos os sinais fossem captados corretamente.
Outra inovação importante foi a eliminação da necessidade de impressão dos sinais em tiras de papel. Inicialmente, os símbolos eram gravados, mas logo os operadores passaram a decodificar as mensagens apenas ouvindo os sinais.
Assim, o código morse passou a ser transmitido não apenas por sinais sonoros, mas também luminosos e escritos.
O alfabeto mais conhecido em código morse é baseado no alfabeto latino, usado na maior parte dos países ocidentais. No entanto, algumas regiões desenvolveram adaptações específicas ao longo do tempo para integrar o código morse às suas necessidades locais.