Autismo: Saiba o que é e se tem cura
Cerca de 0,6% da população mundial tem autismo. Você sabe o que é autismo e se esse distúrbio tem cura? Descubra agora tudo sobre o transtorno que afeta a comunicação social e faz com que o indivíduo tenha comportamentos repetitivos.
O autismo faz parte de um conjunto de diagnósticos chamado de Transtornos do Espectro Autista (TEA). Antes, a Síndrome de Asperger e outros distúrbios eram tratados separadamente, mas agora todos são incluídos no espectro do autismo, como a Condição do Espectro do Autismo, Autismo Clássico, Autismo de Kanner, Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Autismo de Alto Funcionamento e Demanda Patológica Avoidance.
O que é autismo?
De acordo com o Instituto Autismo e Realidade, os Transtornos do Espectro Autista estão associados a “deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção. Às vezes, as pessoas com autismo têm problemas de saúde física, como distúrbios de sono e gastrointestinais, e podem apresentar outras condições como TDAH, dislexia ou dispraxia. Na adolescência, podem desenvolver ansiedade e depressão”.
Características positivas dos pacientes com autismo
É verdade que o autismo compromete o indivíduo no seu desenvolvimento comum. Porém, existem algumas características positivas dos pacientes com autismo. Embora muitos tenham dificuldades motoras e intelectuais, a maioria dos pacientes tem facilidade para aprender visualmente.
Outros detalhes também chamam a atenção como a memória acima da média, atenção aos detalhes e exatidão. Por conta disso, muitos dos pacientes desenvolvem aptidão para a música, artes e até para a matemática, podendo se especializarem profissionalmente na execução desse tipo de trabalho.
Além disso, as pessoas com autismo são extremamente confiáveis e leais, o que lhes confere muita eficiência no mercado de trabalho e nas relações pessoais.
Autismo tem cura?
Não. Até o momento, o autismo é uma condição permanente. Seus padrões podem ser identificados em crianças até três anos, mas é possível que sejam identificados em crianças mais velhas, principalmente se o grau de comprometimento for menor.
As características mais acentuadas são a falta de reciprocidade social, déficit da comunicação não-verbal e verbal, dificuldade de ter amizades, comportamentos incomuns, apego a rotinas e interesses fixos.
Mas somente um médico e exames adequados poderão diagnosticar uma pessoa com autismo.
Qual é o tratamento para autismo?
Por ser uma condição permanente, a pessoa com autismo deverá ser acompanhada em todas as fases da sua vida. E para cada etapa há muitas alternativas de tratamento.
Até os dois anos, é fundamental que a criança passe pelo fonoaudiólogo, pois esse profissional ajudará a desenvolver uma linguagem não-verbal. Durante o tratamento, a criança é envolvida em treinamentos que envolvem brincadeiras, jogos e atividades lúdicas.
Há também outros métodos bastante utilizados pelos profissionais, como o Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children (TEACCH), que consiste em combinar cores e materiais para facilitar a interação do paciente com os ambientes.
Os pacientes também são submetidos ao método Picture Exchange Communication System, que utiliza figuras para estimular a fala. Dessa forma, existem diversos tratamentos.
Quais são as causas do autismo?
A ciência ainda não encontrou as causas para o autismo. Mas alguns estudiosos afirmam que o transtorno acomete mais homens do que mulheres e que o transtorno pode vir acompanhado de outras síndromes genéticas.
Outro fator de risco que é estudado pelos pesquisadores é se na família já há casos e se os pais são de idade mais avançada.
Os estudos trabalham com a hipótese de que o desenvolvimento dos Transtornos do Espectro Autista (TEA) pode ter relação com fatores que ocorrem no cérebro, como o excesso de neurônios. Eles também estudam a possibilidade de ocorrer formação anormal de sinapses e, durante a gestação, uma migração neuronal.
Existem níveis de comprometimento do autismo?
Existem três níveis de comprometimento do autismo. O primeiro nível é quando a criança se interessa pouco pela sociabilização. O segundo nível é marcado por um profundo déficit das interações sociais, e o terceiro nível é aquele no qual as crianças já sentem dificuldades de se comunicar verbalmente e não-verbalmente.
Autista toma remédio?
Alguns pacientes recebem prescrições para tomar determinados medicamentos. Porém, somente um médico poderá indicar o seu uso.
É importante ressaltar que jamais os familiares ou pessoas próximas ao paciente com autismo podem medicar o paciente por conta própria.
Os médicos intervêm com remédios em casos específicos de irritabilidade, agressividade, ansiedade, alterações de humor, hiperatividade, impulsividade, surtos, dificuldade para dormir e ataques de raiva.
Existe tratamento alternativo para autista?
Esse é um tema polêmico, pois nada que esteja regulamentado ou cientificamente comprovado é recomendado pelos médicos.
Portanto, não busque meios alternativos para tratar um paciente autista se eles não forem indicados pelo médico, principalmente aqueles que envolvem remédios ou medicamentos naturais.
A melhor forma de ajudar no tratamento de uma pessoa com autismo é saber das suas limitações e respeitar o seu espaço, sempre que possível mantendo alguma interação social sem desrespeitar os limites do paciente.
Autistas na escola
As pessoas com Transtorno do Espectro Autista devem ser incluídas na escola tradicional. Porém, o centro educacional deve ter uma estrutura para estimular as habilidades da pessoa individualmente.
Pensando nisso, o Instituto Autismo e Realidade lançou uma cartilha sobre a convivência com as crianças nessas condições na escola. “Os professores e o ambiente escolar são referências determinantes para a vida e o desenvolvimento da criança e do adolescente. Na escola, os alunos passam diariamente horas sob o olhar de educadores treinados a acompanhar sua aprendizagem e socialização”.
Como deve ser a alimentação de uma pessoa autista?
A dieta de uma pessoa autista deve ser o mais natural possível. Fuja dos cardápios calóricos, ricos em sódio e gordura.
Alguns pacientes, inclusive, são acometidos de doenças gastrointestinais. Isso aumenta ainda mais a atenção que deve ser dada para a alimentação do paciente.
Contudo, mesmo que a pessoa autista não tenha problemas digestivos, ela deve passar por especialistas, como um gastroenterologista e nutricionista, para que esses profissionais criem uma dieta específica para manter a saúde.
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