Archaea - História, características e diferenças
O termo archaea (do grego “antigo”, “velho”) é a denominação dada a um dos domínios de seres vivos. Os seres do domínio archaea são formas de vida antigas, organismos procariotas, sendo que a maioria deles habita em ambientes como lagos ou mares bastante salinos, além de pântanos, fontes hidrotermais e outros ricos em gás sulfídrico.
Histórico
Até pouco tempo, os organismos procariontes, ou seja, aqueles sem carioteca, estavam classificados dentro do Reino Monera. No entanto, após a realização de pesquisas mais profundas, os estudiosos perceberam que esses seres vivos poderiam ser divididos em dois reinos distintos, assim como ocorrido com os protistas.
Dessa maneira, os integrantes do então reino monera passaram a ser considerados como os reinos archaea e bacteria. É importante salientar que, anteriormente, os dois grupos recebiam uma só denominação: archaebacteria.
A separação entre os domínios bacteria e archaea ocorreu em 1977, quando o microbiólogo Carl Woese (1928-2012) verificou que, a partir de seus trabalhos comparativos de sequências de DNA de diversos organismos, era possível separá-los em três grandes grupos distintos: bacteria, archaea e eukarya. Nessa divisão, são consideradas a composição do RNA ribossômico, estrutura da parede celular e metabolismo.
Assim, o archaea pode ser considerado como um reino, dentro do domínio procariota, ou como um domínio.
Características
Algumas características morfológicas das arqueias são semelhantes às das bactérias, incluindo o fato de serem procariotas, isto é, sem a presença de um núcleo delimitado por uma membrana.
Determinadas características das arqueias podem ser encontradas em eucariotas ou em bactérias, como, por exemplo, o fato de geralmente possuírem um único cromossomo circular (como as bactérias) e a possibilidade de seus cromossomos terem mais do que uma origem de replicação (o que se acreditava ocorrer apenas nos eucariotas).
Algumas das diferenças entre os reinos archaea e bacteria são as seguintes: as arqueias não possuem peptidoglicanos na parede celular, têm a capacidade de produzir metano como resíduo do metabolismo (trata-se de algumas arqueias pertencentes ao filo euryarchaeota e que são chamadas de metanogénios) e podem sobreviver em ambientes extremos de vida.
Algumas das características únicas das arqueias:
- Determinadas espécies desses organismos produzem energia a partir da luz. Isto é possível devido a uma estrutura celular denominada bacteriorrodopsina;
- As arqueias possuem membrana celular com lipídios que são compostos pela associação de glicerol-éter;
- O flagelo das arqueias difere, na composição e desenvolvimento, dos das bactérias, sendo chamado de arcaelo;
- O reino archaea é composto pelos filos korarchaeota, crenarchaeota, euryarchaeota e nanoarchaeota.