Angiospermas - Características, reprodução, estrutura e grupos
As plantas podem ser classificadas em quatro grandes grupos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. As angiospermas são o grupo de plantas mais abundante da Terra e possuem as seguintes características: presença de vasos condutores, sementes, flores e frutos.
A diversidade de espécies que existe neste grupo reflete-se na variedade de tipos de flores e frutos. As angiospermas também se distinguem dos outros grupos de plantas devido às características de dupla fecundação e endosperma triplóide.
As angiospermas ainda são divididas em dois grupos principais: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas. O cotilédone é uma folha embrionária que pode absorver ou armazenar reservas. As monocotiledôneas apresentam apenas um cotilédone, nervação das folhas paralelas, raiz fasciculada e flores com três pétalas; as dicotiledôneas apresentam dois cotilédones, nervação das folhas ramificada, raiz pivotante e flores com duas, quatro ou cinco pétalas.
Reprodução
Nas plantas, a reprodução pode acontecer de duas maneiras: sexuada ou assexuadamente. Na reprodução assexuada (vegetativa), ocorre a formação de um organismo sem a união de gametas, ou seja, através de um único progenitor, acontece a reprodução de indivíduos a partir de fragmentos de seu próprio corpo. Esse tipo de reprodução ocorre naturalmente e permite que as plantas ocupem determinado local com mais rapidez. As plantas reproduzidas assexuadamente são geneticamente idênticas às suas progenitoras.
Na reprodução sexuada, ocorre a formação de um novo indivíduo a partir da fusão de dois gametas, e os mesmos são geneticamente distintos dos progenitores. Esse tipo de reprodução se inicia com a formação da flor e passa por etapas de polinização, fecundação, formação de frutos e germinação.
Formação da Flor
As estruturas reprodutivas das plantas encontram-se na flor e são separadas em masculinas e femininas. A parte masculina da flor é chamada de estame, e este é composto pelo filete e pela antera. O filete sustenta a antera, local de produção e liberação dos grãos de pólen. A estrutura reprodutiva feminina é o carpelo, formado pelo estigma, pelo estilete e pelo ovário. A flor também possui estruturas protetoras chamadas sépalas, cujo conjunto forma o cálice, e as pétalas, cujo conjunto forma a corola. Tais estruturas são muito vistosas e auxiliam na atração de polinizadores, como os pássaros.
Polinização
Esse processo pode ser realizado pelo vento, por insetos, por aves ou pequenos mamíferos. A polinização acontece quando o grão de pólen sai da antera e encontra o estigma (normalmente de outra flor), ou seja, os grãos de pólen entram em contato com a parte feminina de uma flor da mesma espécie, fecundando-a. Os animais mencionados procuram as flores para se alimentar de néctar ou pólen e acabam transportando os grãos de pólen para outras flores que visitam.
Fecundação
O grão de pólen que atingiu o estigma desenvolve um tubo polínico que alcança o ovário e fecunda o óvulo. Muitas plantas possuem habilidades para evitar a autofecundação, ou seja, o grão de pólen é impedido de chegar ao estigma da mesma flor, com o objetivo de realizar a fecundação cruzada para o aumento da variabilidade genética.
Formação do Fruto
Após a fecundação, o zigoto se desenvolve em embrião, os óvulos dão origem às sementes e o ovário origina o fruto. A formação do fruto é importante para proteger e dispersar a semente num segundo momento. No entanto, nem tudo que chamamos de fruta é, de fato, um fruto, pois podem ser estruturas formadas pelo desenvolvimento de outras partes da flor que não sejam o ovário. Como exemplo, as partes suculentas da maçã, da pera e do morango, resultados do desenvolvimento do receptáculo floral.
Semente
A semente armazena o embrião formado e pode ser dispersa de diversas maneiras para locais distantes, evitando a competição com a planta mãe por recursos como luz e nutrientes. Os frutos podem ser dispersos pelo vento, pela água ou por animais.
Germinação
A germinação ocorre quando a semente encontra um local com condições favoráveis de água, temperatura e oxigênio. O desenvolvimento do embrião resultará no surgimento de uma nova planta, que inicialmente utilizará as reservas nutritivas acumuladas na semente para auxiliar na germinação e nas primeiras folhinhas fotossintetizantes.