3 dicas para criar bons hábitos de saúde bucal para crianças

A introdução de bons hábitos de higiene bucal desde a mais tenra idade ajuda a desenvolver pessoas com bocas saudáveis e boas rotinas de cuidados. No entanto, devemos lembrar que as crianças ainda não possuem discernimento suficiente e costumam priorizar a satisfação imediata, especialmente na alimentação. O prazer na ingestão de doces e guloseimas, aliado a uma certa preguiça em relação à higiene, pode comprometer a saúde bucal tanto no presente quanto na fase adulta.

Pais e cuidadores são responsáveis pela saúde bucal das crianças e por guiá-las desde cedo, ajudando a moldar o modelo que esperam que sejam quando crescerem. Os filhos refletem os pais, e sua influência é incontestável. Por isso, é importante saber incentivar e não considerar essa tarefa como uma obrigação desagradável. É preciso ter paciência e transformar esses momentos em algo lúdico, informativo e formador.

A participação da família na rotina de higiene bucal da criança transmite segurança e incentivo, transformando a contrariedade em prazer. Para apoiar os pais e cuidadores nessa jornada, listamos a seguir 3 dicas que podem ajudar a incentivar bons hábitos de saúde bucal nas crianças.

Dica número 1: O Bom Exemplo

Aprender pelo exemplo é sempre mais eficaz. O ideal é que a higiene bucal do adulto seja feita na frente da criança, para que ela perceba que é um procedimento usual e aprenda imitando.

As escovações devem começar a partir do surgimento dos primeiros dentes, utilizando escovas infantis especiais, sob a orientação do odontopediatra. Esses momentos podem se transformar em práticas compartilhadas e agradáveis. A partir dos sete anos, quando a criança já sabe escovar sozinha, a supervisão dos adultos pode ser feita durante a escovação dos próprios dentes.

Além disso, os pais não devem descuidar da própria saúde. Hábitos como fumar, beber álcool e ter uma alimentação inadequada também serão vistos pela criança como exemplos a serem seguidos. Quando não for possível abandonar alguns hábitos, que se evite a presença da criança em tais ambientes.

Dica número 2: A Rotina de Cuidados

A família é o núcleo social da criança, e o alicerce do adulto é formado ali. Portanto, é na família que deve ser criada uma rotina de cuidados com a saúde bucal que permanecerá para a vida inteira.

Assim que surgem os primeiros dentes, dois acessórios devem ser inseridos na rotina de higiene: a escova e o fio dental. O fio dental deve ser usado a partir da existência de dois dentes juntos, sendo passado entre todos os dentes, especialmente os do fundo, pelo menos uma vez por dia. O fio dental com haste em formato de forquilha pode facilitar o processo.

As escovações devem ocorrer, no mínimo, 3 vezes ao dia, sempre após as principais refeições e antes de dormir. A escova deve ser adequada ao tamanho da criança e macia. O creme dental com flúor pode ser utilizado a partir do momento em que a criança saiba cuspir. A escovação deve ser feita em movimentos circulares e para frente e para trás.

Dica número 3: A Escolha do Dentista

A primeira visita ao dentista geralmente ocorre quando o bebê tem 1 ano de idade, e o ideal é que sejam feitas repetições a cada seis meses. Assim, uma boa relação entre a criança e o profissional de odontologia é fundamental para a continuidade do processo de manutenção da saúde bucal.

Na imaginação infantil, o consultório odontológico pode ser um parque de diversões ou um castelo mal-assombrado. Portanto, para garantir que não ocorra a segunda opção, aconselha-se que o dentista seja um especialista em pediatria e que tenha boas referências.

Um odontopediatra avaliará a progressão dos dentes, conversará sobre a dieta menos prejudicial para a idade, indicará a técnica de escovação mais eficiente e recomendará os utensílios mais apropriados para a higiene bucal infantil. Além disso, ele e seu consultório estarão preparados para receber e estabelecer uma boa conexão com a criança.