Árvore-garrafa-de-queensland (Brachychiton rupestris)
A árvore-garrafa-de-queensland, também conhecida como árvore-garrafa, é uma espécie da família Malvaceae, nativa de Queensland, Austrália. Denominada pelos aborígenes australianos como kurrajong, foi descoberta por Thomas Mitchell e John Lindley em 1848. Seu nome comum descreve o formato peculiar do tronco, semelhante ao de uma garrafa. Esta árvore suculenta e caduca pode atingir entre 10 e 25 metros de altura, com troncos que chegam a 3,5 metros de diâmetro. É endêmica da região central de Queensland, adaptando-se bem a condições de seca e altas temperaturas.
Descrição
A Brachychiton rupestris é uma árvore caduca que perde suas folhas durante o inverno para economizar água. Suas folhas variam entre simples e compostas, medindo até 11 cm de comprimento. A superfície superior é brilhante, enquanto a inferior é pálida. As flores amarelo-creme com marcas avermelhadas florescem entre setembro e novembro, enquanto os folículos frutíferos aparecem de novembro a maio. Cada folículo contém de 4 a 8 sementes ovais cobertas por uma casca pilosa.
O tronco da árvore apresenta uma casca cinza-escura com fissuras que proporcionam um padrão tessellado. A árvore é monoica, possuindo flores masculinas e femininas separadas na mesma planta. Enquanto as flores masculinas apresentam 15 estames, as femininas possuem estigmas rodeados por carpelos contendo os ovários.
Importância e usos
A árvore-garrafa é utilizada como planta ornamental devido à sua resistência e aparência distinta. É amplamente cultivada em Queensland, especialmente em períodos de seca, pois suas folhas servem como forragem animal e a árvore oferece sombra. Além disso, a espécie é um componente chave do ecossistema conhecido como carrasco da árvore-garrafa, embora este esteja ameaçado.
Espécies semelhantes
A árvore-garrafa-de-proserpine (Brachychiton compactus), encontrada nos arredores de Proserpine, Queensland, é semelhante à árvore-garrafa-de-queensland, mas possui folhas mais ovais, flores compactas e folículos elipsoides mais longos. Já a árvore-garrafa-de-ormeau, ainda não descrita formalmente, apresenta folhas em tom verde-limão mais brilhante, distinguindo-se das demais.